Thomas Malthus - Teoria Classica da Economia
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Por: Rosa G.
18 de Junho de 2023

Thomas Malthus - Teoria Classica da Economia

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Escola Clássica da Economia

 

            Thomas Robert Malthus (1766-1834):

  • Matemático na Jesus College da Universidade de
    Cambridge
  • Sacerdote Igreja da Inglaterra
  • Formou-se em Letras Clássicas e Modernas ainda em Cambridge
  • Foi nomeado para o corpo docente dafaculdade da Companhia das Índias Orientais
  • Ocupou a primeira cátedra deEconomia Política da Inglaterra.

Thanos se inspirou na teoria malthusiana.

Viveu durante a Revolução Industrial, percebeu que em um período de 100 anos, a população inglesa dobrou, criando assim sua teoria sobre a população.

 

Teoria da População

 

            Nessa teoria, Malthus preocupa-se com o crescimento da população em relação ao que era produzido na época. A busca por um equilíbrio o levou a estudar e procurar os fatores para alcança-lo.

            Analisando seus predecessores, Malthus chegou a duas premissas:

  1. As pessoas necessitam de comida para sobreviverem;
  2. Relacionamentos amorosos são necessários para perpetuar a espécie.

Após isso, ele supôs o seguinte:

“[...] a população, quando não obstaculizada, aumenta a uma razão geométrica. Os meios de subsistência aumentam apenas a uma razão aritmética. Uma ligeira familiaridade com números mostrará a imensidade da primeira capacidade comparativamente à segunda.”

Ou seja, ele fala que o aumento da população é muito maior que o aumento da produção de “meios de subsistência”, pois uma PG é feita por uma multiplicação na sua sequência, já uma PA trata se de uma soma. Dessa maneira, torna- se evidente o que Malthus quis dizer.

Este toma como exemplo a população dos Estados Unidos, a qual dobra de tamanho a cada 25 anos, segundo ele. Então argumenta:

“[...] repartindo-se mais a terra e por grandes encorajamentos à agricultura, o produto dessa ilha possa ser dobrado nos primeiros 25 anos. [...] É impossível supor que o produto pudesse quadruplicar nos 25 anos seguintes.”

Conclui-se então que, para Malthus, a quantidade das pessoas deve ser proporcional à quantidade da produção de elementos essenciais à vida, havendo, então, um limite para o quanto à população pode crescer. Defende meios como a guerra e as doenças a fim de controlar o crescimento dos menos afortunados economicamente.

 

Lei de Amparo aos Pobres

 

            “Dê ao rico 7 mil que ele fará 70 mil, dê ao pobre 7 mil e ele comprará um iPhone”

            Essa frase deve ter vindo de alguém que pensa bem semelhante à Malthus e seus seguidores, talvez até seja um deles.

            Malthus era contra o costume dos operários de “tomar cerveja”. Por isso ele era contra a distribuição igualitária de renda, inspirando muitos outros economistas conservadores com essa sua maneira de pensar.

            Então voltamos à frase inicial.

            Para ele, se fosse destinado qualquer acréscimo na renda dos pobres, estes iriam usar essa dinheiro em frivolidades, banalidades, como: tomar cerveja, jogar (e perder), sexo, entre outros vícios.

            Então Malthus achava mais sensato deixar esse dinheiro concentrado na mão de poucos, os quais iriam saber usá-lo em investimentos e ajudariam a progredir com o futuro da sociedade.

            Ou seja, digamos que os pobres passem a receber uma renda melhor, isso fará com que eles passem a se alimentarem melhor, certo? Malthus diz que isso é falso! Pois aumentando a renda da população, aumenta seu poder de compra e, consequentemente, a demanda, principalmente, em alimentos, logo, haverá aumento nos preços. No fim, pode fazer bem aos pobres, mas faz mal para a sociedade.

            Além disso, isso acarretaria o aumento da população que, somados ao aumento do consumo, traria a fome. Como exemplo, Malthus diz que as leis de amparo aos pobres podem levar a consumir em 9 meses, uma colheita que deveria durar 12. Dessa forma, ajudar os pobres seria apenas uma ilusão, e que eliminar qualquer lei de amparo aos pobres seria a melhor saída para o bem de todos.

            “[...] as leis inglesas de amparo aos pobres tendem a deprimir a condição geral dos pobres das duas seguintes maneiras. Sua primeira tendência óbvia é aumentar a população sem aumentar a comida para seu sustento. [...] Em segundo lugar, a quantidade de provisões consumidas nas casas de trabalho por uma parte da sociedade que não pode, em geral, ser considerada como a mais valiosa, diminui a porção que, de outra forma, pertenceria a membros mais industriosos e valiosos, e, assim, da mesma maneira, força mais gente a se tornar dependente.”

            “POBRES NÃO SABEM POUPAR”

            Se os pobres ganharem mais vão gastar o que sobrar de seu dinheiro em cerveja.

            Para evitar isso, ele conclui que se deve:

  1. “a abolição gradual e muito gradual das leis de amparo aos pobres”;
  2. “prudência no casamento, que é o único meio moral de evitar um excesso de trabalhadores em relação à demanda”.

Porém, ele não levou em consideração que poderia aumentar a produção de alimentos! Seja por meio de novas tecnologias ou pelo simples fato de que o lucro de quem vende iriam aumentar e poderiam investir numa produção maior. Mesmo assim, tem aqueles que argumentam que o aumento na produção só seria possível a médio e longo prazo. Com a tecnologia do século XXI, entretanto, pode ser possível acabar com essa preocupação de Malthus.

“É possível aludir também que grandes dificuldades de ordem política impeçam que a renda produzida, de fabulosa magnitude, seja repartida fraternalmente, mas caminhe em direção à sua sistemática concentração e permanência em mãos de reduzida parcela da população.” OBS: não foi Malthus quem disse isso, foi o autor do livro.

Além disso, com as mulheres entrando no mercado de trabalho e o surgimento de contraceptivos, as taxas de natalidade passaram a diminuir, acabando assim, com a maior preocupação de Malthus.

Rosa G.
Rosa G.
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