Estudo da Literatura: perspectivas e métodos
Por: Samantha S.
10 de Abril de 2018

Estudo da Literatura: perspectivas e métodos

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De que maneira se deve seguir os estudos literários? Qual o melhor método a se usar? Qual a melhor perspectiva a se empregar? Estes são alguns questionamentos levantados pelos teóricos Wellek e Warrren ao discutir ideias acerca da teoria, do criticismo e da história literária.

          A princípio destacam-se alguns termos já utilizados para definir a natureza do estudo literário, tais como as expressões “erudito” e “filologia”. Entretanto, ambas apresentam limitações e vagueza diante do conceito ao qual se pretende relacioná-las. O termo “erudito” é criticável por apresentar um sentido muito restrito e assim excluir a ideia de criticismo, além de reduzir a prática ao caráter acadêmico. Por outro lado, o termo “filologia” é amplo demais pois pode se referir a todos os estudos literários e linguísticos ou qualquer outro estudo das produções humanas, embora, atualmente, tal estudo se efetive como pesquisa e análise linguística. Um terceiro termo apresentado e configura vago demais para ser uma definição do estudo literário, a “pesquisa” seria um termo muito superficial, pois se limita também ao caráter acadêmico.

          Partindo de uma perspectiva mais restrita ao processo, depreendem-se três distinções caras ao estudo da literatura: a teoria literária, o criticismo e a história da literatura. À primeira, cabe o estudo dos princípios da literatura e as categorias dos seus critérios e matérias semelhantes, aos dois últimos caberia o estudo das obras concretas, tomando-as isoladamente ou inseridas num segmento cronológico.

          Embora pouco se discuta a respeito, os três métodos estão vinculados entre si, toma-los como estudos isolados seria impraticável. Ao se fazer um estudo baseado na teoria literária, recorre-se a fundamentos da crítica e da história literária, da mesma forma se segue com os demais métodos: teoria, crítica e história literária coadunam-se na análise da obra literária. Mesmo que alguns estudiosos rejeitem essa ideia, é patente que essas relações existem dentro do estudo, sejam elas explícitas ou implícitas, tanto que algumas vezes é possível haver confusões quanto à classificação da abordagem adotada em uma determinada análise, os conceitos são muito tênues e um sempre leva ao outro.

 

Referências:

WELLEK, René; WARREN, Austin. Teoria literária, criticismo literário e história literáriain Teoria da Literatura. Lisboa: Publicações Europa-América. s/d

 

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