Sobre Moeda e Inflação - L. von Mises - Resumo
Por: Samuel S.
31 de Agosto de 2020

Sobre Moeda e Inflação - L. von Mises - Resumo

Sobre Moeda e Inflação - L. von Mises - Resumo

Economia Microeconomia Curso superior Economia Brasileira Técnico Profissional

Sobre Moeda e Inflação - L. von Mises - Resumo

Prefácio
 Na época em que Mises começou com suas ideias de economia, o marxismo era a teoria absoluta. Nas palavras de Mises, o que causa o comunismo (consequência do marxismo) não é a pobreza, mas a pobreza acrescida da ideia de que comunismo é a cura da pobreza. O comunismo é o que existe de mais "antieconômico", pois o planejamento de preços proposto por esses acaba sendo mais do que os seres humanos podem computar, causando assim falhas econômicas. Isso ainda ocorre hoje em dia com a mão do estado sobre o mercado.
 Capitalismo normalmente é visto como algo do mal, um dos motivos é que a palavra competição, no contexto de economia, não tem a mesma conotação que no reino animal. A competição que ocorre acaba sendo benéfico não só para os dois indivíduos, como para todas as pessoas que usufruirão dos produtos e serviços estes.
 Mises dizia que dinheiro não é criação do governo. Porém muitos economistas ainda aprovam que, por não ser um produto, a moeda poderia ser controlada pelo governo. Na verdade, moeda é sim um produto, pois surgiu da competição com outros tipos de material até se tornar moeda. Porém, ao criar moeda-fiduciaria, o papel-moeda, o governo tem poder suficiente para gerar inflação e salvar bancos. Com a inflação, quem mais sofre são os pobres, pois recebem esse dinheiro desvalorizado depois que o mercado percebe a mudança do seu valor.

Capítulo 1 - A Cooperação Humana
 O estado, ou seja, monopólio da violência, não é capaz de produzir nada. Tudo que é produzido é devido ao mercado, e feito para que trocas voluntárias possam ocorrer. É isso que torna nossa civilização avançada.

Capítulo 2 - O meio de troca: dinheiro
 Moeda foi originalmente algo criado pelas pessoas para facilitar as trocas voluntárias. Porém com o tempo, o estado obrigou as pessoas a usar o que eles chamavam de dinheiro para fazer suas trocas.

Capítulo 3 - O Papel dos Tribunais e dos Juízes
 Como sempre, o estado abusou do seu poder de forçara s pessoas a usar o que eles chamavam de dinheiro. A principio, a única função referente ao estado sobre o dinheiro deveria ser aplicar a força em casos que algumas pessoas não cumprem com sua parte nos tratos. Quando uma pessoa quer trocar algo com outra, não é certo que, no momento da troca o elemento que seria trocado seja, por qualquer questão subjetiva, trocado. Se alguém quer batatas, qualquer coisa que a pessoa descida que se chama batata, por exemplos pedras, não deveria ser aceito na troca. Mas é exatamente isso que o estado força todas as pessoas a fazerem.

Capítulo 4 - O ouro como dinheiro e Capítulo 5 - A inflação do ouro
 Certas pessoas acreditam que o ouro pode inflacionar no futuro. Isso é uma dúvida valida. Porém se preocupar com isso hoje não faz sentido, tendo em vista a real inflação da moeda-fiduciaria.

Capítulo 6 - Inflação
 Um exemplo de como ela é prejudicial é que na Alemanha pós Primeira Guerra, um dólar era suficiente para se comprar bilhões de marcos alemães, o que foi uma verdadeira tragédia para aqueles que tinham poupança.

Capítulo 7 - A Inflação Destrói a Poupança
 É ridículo o governo financiar uma guerra contra a pobreza cobrando impostos e gerando inflação, elementos que empobrecem as pessoas. A verdadeira guerra contra a pobreza foi a revolução industrial.

Capítulo 8 - Inflação e Controle Estatal
 Depois de colocar mais moeda no mercado para pagar os custos da guerra, o governo alemão queria que o preço das cosias permanecesse o mesmo, assim ele recorreu ao tabelamento de preços. Ao tabelar preços as pessoas que produzem não tem mais estimulo a fazê-lo, já que por vezes terão prejuízo. Se é tabelado o valor do leite, por exemplo, aquele que tabela pode acabar transformando todo o seu leite em algum produto derivado. Então, o governo para poder controlar mesmo os derivados, acaba congelando o preço da ração, o que vai criar o problema em outro nível, acabando ao fim na completa socialização de tudo.

Capítulo 9 - Dinheiro, Inflação e Guerra
 O governo chegou a prender pessoas que vendiam com preços acima do usual devido a inflação, mas nunca olhou para o próprio umbigo e assumiu que a inflação era algo antiético. Por vezes diziam que era necessário devido aos "problemas da nação". Para que esse controle da moeda fosse total, foi necessário outra ação antiética: o confisco de ouro.

Capítulo 10 - O Aspecto Constitucional da Inflação
 Uma frase atribuída a Lenin (que por ser inteligente, acabou se provando que ele nunca falara) é que para destruir o empreendedorismo, era necessário destruir o sistema monetário.

Capítulo 11 - O capitalismo os ricos e os pobres
 Como já dito, quem mais se dá mal com a inflação é o pobre, que por não ter condição de investir, seu dinheiro acaba perdendo valor devido a inflação. Estes fazem empréstimos e acabam se endividando devido ao juros. Um dos slogans dos nacional-socialistas era "acabar com a escravidão do juros". Ora, o juros surge justamente devido a inflação, e esta devido a ação do governo na moeda.

Capítulo 12 - A depreciação da Moeda em Épocas passadas e Capítulo 13 - Muitos acreditam que se deveria aumentar a quantidade de moeda em circulação
 Alguns argumentavam que imprimir dinheiro é algo benéfico. Historicamente se mostrou impopular. Quando foi feito no Império Romano, isto causou seu declínio. Caso o cidadão decidisse fazer o mesmo, seria preso.

Capítulo 14 - Dois problemas monetários e Capítulo 15 - Financiamento de Dívida e expansão do Crédito
 Muitas teorias e tipos de processos envolvendo inflação são criados dia após dia por economistas mainstream, um exemplo é a expressão "pressão inflacionaria". Essa expressão por si só não tem qualquer sentido, o que realmente existe é a inflação e seu efeito deletério na economia.

Capítulo 16 e 17 - Balança de pagamentos, a paridade do poder de compra e o comércio exterior
 O governo normalmente usa como argumento para a inflação o fato de que pessoas rica estão aumentando preço dos produtos e gastando esse lucro extra com champagne e lagosta cara. isso está errado em todos os níveis. Primeiro que a inflação é criada pelo governo. Segundo e mais contraditório, se as pessoas que estão gastando com esses produtos importados comprassem coisas dentro do território do governo reclamante, isso apenas aumentaria os preços dos produtos comprados, ceteris paribus, prejudicando ainda mais o pobre. O governo é hipócrita ao dizer que se preocupa com o pobre pois, normalmente cria inflação em época de eleição, para usar esse dinheiro para fazer obras rápidas sem nenhuma analise econômica ou social, apenas para ganhar votos. Como o governo não gera dinheiro ele ganha esse poder com inflação, ou criando impostos. Como criar impostos é impopular, a solução que doerá menos a curto prazo, a inflação, é sempre a escolhida perto de época de eleição.

Capítulo 18 - Liquidez Interbancária, Reservas Bancárias
 Depois da segunda metade do XIX se um país mantivesse a taxa de juros abaixo do que deveria, pra desse modo aumentar a quantidade de moeda, a tendencia era que o capital de curto prazo migrasse para outro país. Era o que os alemães faziam, trocando seu ouro por dinheiro inglês. Para evitar isso os bancos alemães aumentavam ainda mais a taxa de juros, para evitar saques.

Capítulo 19 - Precisa o Mundo de um Banco Mundial e de Mais Dinheiro?
 Dobrar a quantidade de um produto só auxilia a todos, pois este fica mais barato. Não é o mesmo com o dinheiro. Quando este é dobrado por ação estatal, as pessoas tem efeitos diferentes sobre seus rendimentos. Aqueles que recebem o dinheiro no fim de todos os processos de mercado, acabam recebendo um dinheiro com menos valor, este é o caso dos assalariados. Ou seja, é impossível aumentar ou diminuir a quantidade de dinheiro de maneira neutra.

Capítulo 20 - Conclusão
 Antigamente, o dinheiro era ouro, e assim era difícil de inflacionar. Hoje é muito simples imprimir dinheiro, enriquecendo assim o governo a custa do valor do dinheiro do povo. Isso desestimula a poupança e investimentos, pois se o dinheiro perde valor a longo prazo, as pessoas tendem a gastar, ou seja, consumir seu dinheiro. O governo tende a inflacionar perto da eleição pois isso é mais popular que impostos e serve do mesmo jeito para ganhar votos. Mises conclui que o gasto deficitário, ou seja, realizar despesas maiores que a receita, é muito ruim par ao individuo. O grande erro está em acreditar-se que aquilo que é ruim para o individuo não o seja para todos os indivíduos juntos.

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Samuel S.
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em 7 de setembro de 2020

Muito bom!!!

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