Olá Filipe.
Na Perfeita Mobilidade de Capital, a política cambial é a protagonista.
Por exemplo, a fixação do câmbio pode ser responsável pela criação de dilemas para a política econômica, provocando contradição entre seus objetivos internos e externos. Assim, o dilema de país estruturalmente deficitário no balanço de transações correntes, devido à sua alta propensão a importar, está entre ou diminuir o desemprego ou buscar o equilíbrio externo. São dois objetivos conflitantes: quando se dá prioridade ao combate do desemprego, através do crescimento econômico, agrava-se o déficit externo, e vice-versa.
A solução aparente para esse dilema seria oscilar o câmbio, em política periódica de valorização e desvalorização. Porém a ambiguidade das desvalorizações e valorizações da taxa de câmbio oficial acaba tornando-se o símbolo do fracasso do regime cambial. Na realidade, a economia suporta todos os inconvenientes do regime de câmbio administrado para, afinal, com o insucesso na tentativa de defesa da paridade oficial, acabar renunciando à sua principal vantagem: a redução da incerteza cambial. O desequilíbrio do balanço de transações correntes fica sem resolução espontânea a não ser em regime de câmbio flexível. Neste regime, é possível o alcance simultâneo de metas internas e externas, desaparecendo o dilema.
Na Mobilidade Imperfeita de Capital (imaginando-se câmbio fixo) a Política Monetária seria a mais influente.
Se o valor do câmbio se mantiver constante, uma política monetária expansionista causa um efeito líquido – uma queda na taxa de juros nominal de equilíbrio induzida por um aumento no estoque de moeda nominal, que estimula o investimento (a taxa de juros cai) e expande a renda real de equilíbrio.
Na Política monetária e o Balança de Pagamentos -BP- com mobilidade imperfeita de capital, a política monetária expansionista afeta a taxa nominal de juros, que cai, e a renda real que aumenta, quando o câmbio é fixo. Quando há baixa mobilidade de capital, o declínio na taxa de juros induz uma pequena saída de capital mas o aumento na renda real estimula um gasto maior com importações. O resultado é um déficit no BP. Quando a mobilidade é alta, a queda nos juros leva a uma grande saída de capital que contribui significativamente para o déficit na BP.
Bons estudos !
Fontes:
- https://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2010/04/28/perfeita-mobilidade-de-capital/
- https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/394023/mod_resource/content/1/Pol%C3%ADtica%20Macroecon%C3%B4mica%20em%20uma%20Economia%20Aberta.pdf