Texto eça de queiroz.

História EM

Em toda parte onde [o inglês] domine e impere, todo esforço consiste em reduzir as civilizações estranhas ao tipo da sua civilização […]. O mal não é grande quando eles operam sobre a Zululândia e sobre a Cafraria, nessas vastidões da Terra Negra, onde o selvagem e a sua cubata mal se distinguem da ervas e das rochas, e são meros acessórios da paisagem: aí encontram apenas uma matéria bruta, onde nenhuma anterior forma de beleza original se estraga, quando eles a refundem para a fazer à sua imagem.. Vestir o desventurado rei negro Cetewayo, como eles agora fizeram, de coronel de infantaria, obrigar os chefes dos Basutos a saber de cor os nomes da família real inglesa, são talvez atos de feroz despotismo, mas não deterioram nenhuma primitiva originalidade de linha ou de ideia. Para Cetewayo, que andava nu, uma fardeta, mesmo de infantaria, não faz senão vesti-lo [...].

 

b) Qual a percepção do autor sobre os povos africanos? R: O mal não é grande quando eles operam sobre a Zuzulandia e sobre cafraria.

 

c) Identifique no texto de Eça de Queiroz como a teoria racista é utilizada para justificar a ação imperialista dos ingleses junto a povos africanos.​ R: Que os ingleses dominam e imperam.

 

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Leonardo perguntou há 5 meses

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Professor Gabriel C.
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Professora Marcelly R.
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Respondeu há 5 meses

Na minha percepção a questão B) estaria mais relacionada ao trecho "onde o selvagem e a sua cubata mal se distinguem da ervas e das rochas, e são meros acessórios da paisagem: aí encontram apenas uma matéria bruta, onde nenhuma anterior forma de beleza original se estraga, quando eles a refundem para a fazer à sua imagem."

Em seguida,que a questão C) se relaciona com o trecho "Vestir o desventurado rei negro Cetewayo, como eles agora fizeram, de coronel de infantaria, obrigar os chefes dos Basutos a saber de cor os nomes da família real inglesa, são talvez atos de feroz despotismo, mas não deterioram nenhuma primitiva originalidade de linha ou de ideia."

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Professora Tainara N.
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Respondeu há 5 meses

B) Pessoas incultas, bárbaras, selvagens, que não se importam com as "melhorias" da civilização inglesa. 

C) "todo esforço consiste em reduzir as civilizações estranhas ao tipo da sua civilização", como se fosse um favor dos ingleses se esforçar para ensinar as civilizações "estranhas" a sua própria civilização, ou seja, a civilização que eles consideravam a superior. 

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Professora Bruna S.
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Respondeu há 4 meses
1) Eça de Queiroz defende a ideia de que os povos africanos não são "meras características da paisagem" e do jogo político exploratório ao qual foram submetidos pelos ingleses e pelos europeus no contexto geral. 2) Os europeus enxergam tudo o que é diferente do "velho mundo" deles, como inferior e por isso justificam a exploração como "civilizatória".

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Professor Pedro C.
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Respondeu há 4 meses

Olá, Leonardo,

Suas respostas não estão exatamente equivocadas, mas precisam de mais desenvolvimento. Esta questão está diretamente relacionada a um processo histórico de grande relevância: o Imperialismo e domínio colonial dos países europeues sobre territórios nos continentes africano e asiático, iniciado no século XIX.

O Imperialismo justifica a guerra, a tortura, a exploração de trabalho escravo, a violência e a dominação a partir de teorias racistas. Estas teorias, em primeiro lugar, desenvolvem uma ideia (que hoje já sabemos que é FALSA) de que existiriam raças biológicas entre os seres humanos. Brancos, negros, pardos, amarelos, etc. passam a ser utilizados para identificar pessoas e grupos das mais diversas origens, nacionalidades, identidates étnicas e culturais. Ou seja, é uma SIMPLIFICAÇÃO, que passa a ligar pessoas de determinada cor a uma série de características, que fazem referência a caráter, disponibilidade ao trabalho, nível de inteligência, etc. Estas raças são colocadas então em uma HIERARQUIA, em que os brancos estavam no topo, e os negros na base. É o que já foi chamado de "darwinismo social" ou "racismo científico", uma ideia de evolução das sociedades ligadas a esta hierarquia das raças.

Basicamente, seria algo assim:

sociedades evoluídas (Europa e EUA, brancos) x sociedades atrasadas (todas as outras, negros, pardos, amarelos, etc.)

Esta divisão entre bárbaros e civilizados, e de raças inferiores e superiores, serviam aos interesses políticos e econômicos dos próprios europeus. Uma justificativa muito comum para o Imperialismo era de que como algumas socieades nunca seriam civilizadas, por serem compostas por pessoas de raças inferiores, caberia, segundo esta perspectiva, às nações evoluídas (brancas) levar a civilização a esses povos atrasados (não-brancos). O "fardo do homem branco" seria então guerrear e dominar, para "civilizar". Tudo isto, está presente neste texto.

Na resposta B, seria possível você responder de uma forma muito melhor. Em primeiro lugar, tanto o autor do livro quanto seu professor (a), querem que você desenvolva uma resposta, não apenas copie um trecho do texto. Além disso, o trecho escolhido não justifica esta visão do Eça de Queiroz sobre os povos africanos. São vários elementos que você pode levantar: o autor compara os africanos à "selvagens", suas habitações são equiparadas ao mundo natural (aproximando os africanos da animalidade) e a desvalorização do patrimônio cultural destes povos.

A partir do que vemos, fica bem claro a resposta da C: o texto inicia já conectando a dominação ingelsa a um suposto esforço de civilizar. ("todo esforço consiste em reduzir as civilizações estranhas ao tipo da sua civilização"). Além disso, justifica a dominação ao dizer que eles não realizam um mal tão grande. E que seu "feroz despotismo" é justificado, porque não destrutiria nada das sociedades dominadas, e que apenas fariam o bem, trazendo a civilização em práticas cotidianas de imposição política e cultural.

Para saber mais, você pode marcar uma aula, mas deixo algumas indicações. O livro clássico de Aimé Cesaire chamado "Discurso sobre o Colonialismo" é bem curtinho, mas bastante potente, onde ele destrincha os argumentos racistas do colonialismo, e desnuda sua hipocrisia. Ele aponta que os horrores do nazismo na Europa só foram possíveis, porque os europeus já faziam o mesmo com povos de outras regiões do mundo. Existe uma edição brasileira muito boa com ilustrações do incrível artista Marcelo D'Salete. Recomendo muito!

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Professor Michel O.
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Respondeu há 4 meses

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b) Qual a percepção do autor sobre os povos africanos? Eça de Queiroz, no trecho em questão, parece adotar uma perspectiva crítica em relação à atuação dos ingleses nas regiões africanas. Ele descreve a abordagem imperialista como uma tentativa de reduzir as civilizações locais ao molde da civilização britânica. A linguagem utilizada, embora possa ser interpretada como eurocêntrica, sugere uma visão negativa em relação à imposição cultural e vestimentas estrangeiras sobre os povos africanos. A descrição de atos como vestir o rei negro Cetewayo de coronel de infantaria destaca a imposição cultural e a falta de respeito pela originalidade das culturas locais.

c) Identifique no texto de Eça de Queiroz como a teoria racista é utilizada para justificar a ação imperialista dos ingleses junto a povos africanos: No texto, há indícios de como a teoria racista é empregada para justificar a ação imperialista dos ingleses. A referência à tentativa de "reduzir as civilizações estranhas ao tipo da sua civilização" revela uma mentalidade que considera a cultura inglesa como superior e busca impô-la sobre as culturas africanas. O uso da expressão "fazer à sua imagem" sugere uma visão de superioridade cultural e racial, onde a cultura britânica é considerada como o padrão a ser seguido. A prática de vestir o rei negro Cetewayo de coronel de infantaria e obrigar os líderes dos Basutos a conhecerem os detalhes da família real inglesa são exemplos específicos de como a teoria racista é utilizada para justificar a imposição cultural e política sobre os povos africanos.

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Professor Lucas R.
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Respondeu há 4 meses

O texto fornecido parece expressar uma visão crítica em relação à atitude imperialista dos ingleses em relação aos povos africanos, mas não fornece uma defesa clara da teoria racista. Vamos analisar os pontos mencionados: b) Percepção do autor sobre os povos africanos: O autor parece minimizar o impacto da ação dos ingleses sobre os povos africanos, mencionando que "o mal não é grande" quando eles operam sobre determinadas regiões como a Zululândia e a Cafraria. Pode-se interpretar que o autor está sugerindo que, em áreas menos habitadas ou culturalmente distintas, a intervenção dos ingleses pode ser menos prejudicial. c) Utilização da teoria racista para justificar a ação imperialista: O texto não apresenta explicitamente a teoria racista como justificativa para a ação imperialista dos ingleses. Em vez disso, destaca a tentativa dos ingleses de impor sua civilização e cultura sobre os povos africanos, como evidenciado pelo exemplo de vestir o rei negro Cetewayo com uma farda de infantaria e obrigar os chefes dos Basutos a conhecer os nomes da família real inglesa. Essas ações são descritas como atos de despotismo, mas o autor não os relaciona diretamente a uma teoria racista. Parece haver uma crítica à imposição cultural e civilizacional dos ingleses, mas a conexão explícita com uma teoria racista não é clara no trecho fornecido. É importante ressaltar que a interpretação de textos literários pode variar entre leitores, e análises mais detalhadas podem ser necessárias para compreender completamente a posição do autor sobre o imperialismo e as questões raciais.

Olá espero ter ajudado, qualquer dúvida pode me chamar no chat!!

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Professora Caroline H.
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Respondeu há 4 meses

B)O autor parece expressar uma visão de menosprezo em relação aos povos africanos, sugerindo que o mal da influência imperialista britânica não é significativo quando aplicado a regiões como Zululândia e Cafraria, onde descreve os nativos como quase indistinguíveis da paisagem.

C)Eça de Queiroz parece aludir à teoria racista ao mencionar o esforço dos ingleses em reduzir civilizações estranhas à sua própria. Ao destacar a "feroz despotismo" como aceitável em terras africanas, sugere-se uma justificação baseada na superioridade percebida da civilização inglesa sobre as africanas, uma ideia comum no contexto do imperialismo.

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Professora Natalia M.
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Respondeu há 3 meses

Oi Leonardo,

 

O texto de Eça de Queiroz "Cartas da Inglaterra" é um texto irônico do autor. No texto, o autor se coloca no lugar de um colonizador e expressa as visões racistas do sistema colonial sobre o negro africano. Quando ele coloca que "o selvagem e a sua cubata mal se distinguem da ervas e das rochas, e são meros acessórios da paisagem" ele exemplifica essa teoria racista que desumaniza e justifica a colonização, já que, como ele coloca no texto, " todo esforço consiste em reduzir as civilizações estranhas ao tipo da sua civilização "

 

 

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Professora Mariana B.
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Respondeu há 2 meses
a) de acordo com o texto, os povos africanos são inferiores, podendo ser relacionados à animais e objetos b) o imperialismo utilizava de teorias raciais para justificar suas ações. Para os ingleses e outros povos colonizadores, os não-brancos eram biologicamente inferiores e incapazes e, por isso, deveriam ser "civilizados".
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Professor Daniel A.
Respondeu há 2 meses

Na minha análise sobre a questão B, creio que nos trechos: "domine e impere, todo esforço consiste em reduzir as civilizações estranhas ao tipo da sua civilização" e "o selvagem e a sua cubata mal se distinguem da ervas e das rochas, e são meros acessórios da paisagem" mostram uma visão do inglês onde os povos africanos são considerados selvagens, estranhos e até mesmo um mal. Sendo uma atitude visando levar a civilização africana a se "modelar" aos ingleses, fazendo um verdadeiro processo de aculturação.

Em relação à questão A, a teoria racista é utilizada no trecho: "são meros acessórios da paisagem: aí encontram apenas uma matéria bruta, onde nenhuma anterior forma de beleza original se estraga, quando eles a refundem para a fazer à sua imagem" mostrando que por serem apenas "acessórios" não têm relevância cultural, fora que o fato de dizer que a "beleza original se estraga quando refundem para fazer à sua imagem" mostra que é como que se o inglês fizesse uma boa ação em moldar a civilização africana.

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Professora Eloysa V.
Respondeu há 2 semanas
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Professor José S.
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Respondeu há 4 meses

b) Sua resposta foi: "O mal não é grande quando eles operam sobre a Zululândia e sobre a Cafraria". Esta resposta está correta no sentido de que o autor expressa a ideia de que, quando os esforços de dominação e imposição da civilização inglesa são aplicados sobre regiões como a Zululândia e a Cafraria, onde a cultura original não é altamente desenvolvida, o impacto não é tão prejudicial. No entanto, é importante notar que essa afirmação não reflete necessariamente a percepção do autor sobre os povos africanos em si, mas sim sobre a imposição cultural inglesa.

c) Sua resposta foi: "Que os ingleses dominam e imperam". O texto de Eça de Queirós de fato aborda o tema da dominação e imposição dos ingleses sobre outras culturas, o que está correto. No entanto, não há uma explícita utilização da teoria racista para justificar o imperialismo inglês no texto fornecido.

Assim, em relação à percepção do autor sobre os povos africanos, o texto não oferece uma visão direta ou específica sobre eles, mas sim sobre o impacto da imposição cultural inglesa. Quanto à utilização da teoria racista para justificar o imperialismo, essa não é explicitamente mencionada no texto.

Portanto, sua resposta para a pergunta b) está parcialmente correta, enquanto a resposta para a pergunta c) parece não estar alinhada com o conteúdo do texto fornecido.

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