Olá!
Na oração: inspirados no amor de mãe em tudo que fazemos.
Qual a classe gramatical e qual a função sintática da palavra que.
Desde já agradeço.
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Diames,
A classe gramatical do que, no período indicado, é pronome relativo, assim chamado porque se relaciona a um termo antecedente, substituindo-o ou modificando-o, e equivale a o qual. O termo antecedente, no caso, como veremos a seguir, é o pronome demonstrativo neutro (não expresso, oculto, mas cujo resgate se faz necessário para efeito de análise) o ou aquilo que, por sua vez, se relaciona ao pronome adjetivo indefinido tudo, que o precede.
=> inspirados no amor de mãe em tudo que [= "em tudo O que", ou "em tudo AQUILO que", ou, ainda, "em todas as COISAS que"] fazemos.
Sintaticamente o que exerce a função de objeto direto (de fazemos).
De acordo com o que se depreende da lição de Maria Tereza de Queiroz Piacentini, in Não Tropece na Língua, originalmente, na escrita, a construção utilizada, segundo a norma gramatical então vigente, era tudo o que, ou seja, o relativo que precedido do pronome demonstrativo neutro o ou aquilo. Na fala, ocorria, paralelamente, a contração das vogais: tudo o que > tudoo que > tudo que. Com isso passou a vigorar também a forma tudo que, posteriormente abonada por escritores, gramáticos e dicionaristas. E oferece a autora duas frases como exemplo:
1) Dispomos de tudo o que há de mais moderno.
2) Li tudo o que você escreveu.
Aí o pronome demonstrativo o substitui outros demonstrativos:
3) Dispomos de tudo aquilo que há de mais moderno.
4) Li tudo isso que você escreveu.
No período (1), o pronome o é o objeto indireto de dispomos; no (2), o objeto direto de li. Tudo é pronome adjetivo indefinido. Que é pronome relativo, tendo por antecedente o “o” da oração anterior.
TUDO O QUE equivale a TUDO AQUILO QUE / TODAS AS COISAS QUE.
TUDO QUE equivale a TUDO QUANTO.
Exemplos:
Em tudo o que, o pronome demonstrativo neutro “o” pode ser omitido, o que resulta em tudo que, mas precisa ser resgatado ou levado em conta, para efeito de análise sintática. Corretas, portanto, ambas as formas, abonadas que estão por gramáticos, dicionaristas e renomados escritores, que a utilizam amplamente:
Inspirados no amor de mãe em tudo que fazemos.
Morfologicamente o que é um pronome relativo: (...) em tudo o qual tudo fazemos.
Sintaticamente é só pegar o último verbo e reformular a frase: o sujeito de fazemos é nós, certo? Nós fazemos tudo (...) e achamos o objeto direto.
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