Dúvida sobre pontuação

Português Pontuação Dúvida

Tenho uma dúvida sobre pontuação: "O homem que te atendeu era meu amigo" ou "O homem, que te atendeu, era meu amigo"? Qual é o correto?

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Kalina perguntou há 6 meses

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Professor Miguel R.
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Respondeu há 6 meses

Kalina, é dúvida recorrente dos alunos. Veja:

O homem que te atendeu era meu amigo. - or. sub. adjetiva restritiva: qualifica, restringe o nome; só o que te atendeu era meu amigo.

O homem, que te atendeu, era meu amigo. - or. sub. adjetiva explicativa: explica o nome; pode haver outros amigos entre os atendentes, e se enfatiza que o homem, amigo, te atendeu. 

Depende do contexto, mas normalmente usamos o primeiro caso, sem pausa, no dia a dia.

Espero tê-la ajudado. 

At.te, tutor Miguel Augusto Ribeiro

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Professora Julia T.
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Respondeu há 6 meses
Acredito que a primeira frase sem as vírgulas ficaria melhor no contexto, pois está restringindo que homem seria, no caso, está se referindo ao homem que te atendeu.
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Professor Gustavo M.
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Respondeu há 5 meses

Kalina, isso vai depender do contexto em que essa frase é dita.

As duas formas são válidas, mas as vírgulas mudam um pouco o sentido, veja:

"O homem que te atendeu era meu amigo" - o homem que te atendeu vira um conceito só. Não é qualquer homem, mas especificamente o homem que te atendeu. Dá ênfase ao homem que te atendeu por completo.

"O homem, que te atendeu, era meu amigo" - as vírgulas fazem a informação extra que te atendeu ser só um destaque sobre o homem, mas não dá ênfase a isso. A prova é que podemos tirar essa informação da frase (O homem era meu amigo) e a ideia principal da frase continua intocada.

 

Ou seja: a frase "correta" é aquela que mais combinar com o contexto que estiver ao redor dela. A nível de gramática, ambas estão corretas.

 

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Professor José G.
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Respondeu há 4 meses

Kalina,

Como veremos na sequência, há somente uma construção possível (sem pontuação, sem vírgula): "O homem que te atendeu era meu amigo", em que a oração que te atendeu é subordinada adjetiva restritiva. Restritiva, porque restringe, delimita, particulariza, individualiza. Não é qualquer homem que é meu amigo, mas o que te atendeu. Não se faz referência a qualquer homem, mas ao que te atendeu e que era meu amigo. A oração que te atendeu restringe e particulariza o sentido da palavra "homem": trata-se de um homem específico, único. Limita o universo de homens, isto é, não se refere a todos os homens, mas sim àquele que te atendeu naquele momento.

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ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

As orações subordinadas adjetivas, que são introduzidas por pronomes relativos [que, quem, onde, o qual (e variações), cujo (e variações), quanto (e variações), como e quando], se dividem em explicativas e restritivas.

As orações subordinadas adjetivas são assim chamadas porque funcionam como um adjetivo de um substantivo ou pronome que se encontra na oração principal, dando-lhes uma característica. São equivalentes a um adjunto adnominal.

Pessoa que mente é pessoa mentirosa. O adjetivo "mentirosa” qualifica o substantivo "pessoa". Em vez de dizer ``pessoa mentirosa'', pode ser dito ``pessoa que mente''. Agora, quem qualifica ``pessoa'' é a oração ``que mente'', que tem valor de adjetivo e, por isso, é chamada de oração subordinada adjetiva.

O ``que'' que introduz a oração adjetiva ``que mente'' pode ser substituído por ``a qual'' (pessoa que mente = pessoa a qual mente). Esse ``que'' se chama pronome relativo.

Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam, as orações subordinadas adjetivas se classificam em: (1) subordinadas adjetivas restritivas, que restringem ou especificam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o; e (2) subordinadas adjetivas explicativas, que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se encontra suficientemente definido. As adjetivas restritivas e adjetivas explicativas possuem, portanto, características distintas. Uma das diferenças é que as explicativas são separadas por vírgula.

1. Orações subordinadas adjetivas explicativas

Orações subordinadas adjetivas explicativas apresentam informações adicionais, uma qualidade acessória, ao termo antecedente que já se encontra definido. Sem ela, o termo continua com o mesmo sentido. São separadas da oração principal por uma pausa, que, na escrita, é representada pela vírgula. É comum, por isso, que a pontuação seja indicada como forma de diferenciar as orações explicativas das restritivas. De fato, as explicativas vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não. As orações subordinadas adjetivas explicativas exercem a função de aposto explicativo da oração principal.

2. Orações subordinadas adjetivas restritivas

As orações subordinadas adjetivas restritivas restringem, limitam, particularizam a significação do seu antecedente (substantivo ou pronome). São indispensáveis ao sentido do período e não se separam da oração principal por vírgulas.

Ao redigir, é necessário levar em conta as diferenças de significado que as orações restritivas e as explicativas implicam. A oração será subordinada adjetiva  explicativa ou restritiva dependendo do que se pretende dizer.

Vamos aos exemplos:

Exemplo 1

  • Mandei um telegrama para meu irmão que mora em Roma.

No período acima, podemos afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem, no mínimo, dois irmãos, um que mora em Roma e um que mora em outro lugar. A palavra "irmão", no caso, precisa ter seu sentido limitado, ou seja, é preciso restringir seu universo. Para isso, usa-se uma oração subordinada adjetiva restritiva.

Exemplo 2

  • Mandei um telegrama para meu irmão, que mora em Roma.

Nesse período, é possível afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem apenas um irmão, o qual mora em Roma. A informação de que o irmão more em Roma não é uma particularidade, ou seja, não é um elemento identificador, diferenciador, e sim um detalhe que se quer realçar.

Exemplo 3

  • Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem que passava naquele momento.

Nesse período, temos uma oração subordinada adjetiva restritiva. Observe-se que a oração em destaque restringe e particulariza o sentido da palavra "homem": trata-se de um homem específico, único. A oração limita o universo de homens, isto é, não se refere a todos os homens, mas sim àquele que estava passando naquele momento.

Exemplo 4

  • O homem, que se considera racional, muitas vezes age animalescamente.

A oração em destaque não tem sentido restritivo em relação à palavra "homem": na verdade, ela apenas explicita uma ideia que já sabemos estar contida no conceito de "homem". Por isso é classificada como oração subordinada adjetiva explicativa.

Exemplo 5

  • Há alunos que praticam desporto.

 A oração "que praticam desporto" é restritiva, pois restringe, limita o sentido do termo alunos. Nem todo aluno pratica desporto.

Exemplo 6

  • As pessoas que são boas ajudam o próximo.

Todas as pessoas ajudam o próximo? Não. Somente as boas fazem isso. Daí por que é chamada de restritiva.

Exemplo 7

  • Os artistas que declararam seu voto foram criticados.

Temos aí uma oração subordinada adjetiva restritiva. Todos os artistas foram criticados? Não. Somente os que declararam seu voto é que foram criticados.

Exemplo 8

  • Há homens que não merecem ser esquecidos.

Todos os homens merecem não ser esquecidos? Não. Somente alguns não merecem ser esquecidos. Por isso, oração subordinada adjetiva restritiva.

Exemplo 9

  • O Brasil, que é o maior país da América do Sul, tem milhões de analfabetos.

Temos aí uma oração adjetiva explicativa: "que é o maior país da América do Sul", que pode ser eliminada sem que a compreensão lógica da frase fique prejudicada, diferente das orações subordinadas restritivas.

Exemplo 10

  • Os alunos que falavam alto estavam perturbando a professora.

Como você pôde perceber, o termo que se encontra em destaque, “que falavam alto”, faz referência a somente um grupo de alunos, não a todos eles. Dessa forma, todo esse termo restringe, individualiza, o sentido do termo anterior, que no caso é representado por “alunos”. Diante dessa razão podemos afirmar que se trata de uma oração adjetiva restritiva, que especifica, restringe, o termo ao qual se refere.

Exemplo 11

  • Os alunos, que são esforçados, conseguem obter um bom resultado nas avaliações.

Obviamente que aqui não se trata mais de um grupo específico, mas sim de todos os alunos esforçados, ou seja, todos os alunos possuem essa característica. Nesse sentido, devemos estar atentos a dois aspectos fundamentais: um deles é que o termo que aparece grifado se encontra entre vírgulas, e o outro é que o sentido se refere a um conjunto como um todo. Temos, portanto, uma oração subordinada adjetiva explicativa.

Exemplo 12

  • Os cachorros que são peludos foram tosados ainda há pouco.

Temos que a oração em destaque representa uma oração subordinada adjetiva restritiva. Mas por quê? Ora, simplesmente porque ela restringe, especifica, o sentido expresso pela primeira – denominada principal. 

Exemplo 13

  • São Paulo, que representa a metrópole brasileira, sofre com problemas de toda ordem.

Será a oração em destaque uma oração subordinada adjetiva explicativa somente em função da existência da vírgula? Não que esse pressuposto não seja relevante, mas há outra forma de identificar o tipo de oração, uma vez que a sua ideia se trata de um consenso, ou seja, representa uma ideia genérica, concebida por todos: a de que São Paulo representa a grande metrópole brasileira.

Exemplo 14

  • A doença que surgiu nestes últimos anos pode matar muita gente.

Temos aí uma oração subordinada adjetiva restritiva, porquanto restringe, limita o sentido do termo doença da oração principal. Não é isolada por vírgulas.

Exemplo 15

  • As doenças, que são um flagelo da humanidade, já mataram muita gente.

Temos aí uma oração subordinada adjetiva explicativa, pois explica, generaliza o sentido do termo “As doenças” da oração principal. É isolada por vírgulas.

Exemplo 16

  • A minha namorada, que mora em Copacabana, é advogada.

Oração subordinada adjetiva explicativa. Significa dizer que tenho somente uma namorada, que é advogada e mora em Copacabana.

Exemplo 17

  • A minha namorada que mora em Copacabana é advogada.

Oração subordinada adjetiva restritiva. Significa dizer que tenho mais de uma namorada, e a que mora em Copacabana é advogada.

Exemplo 18

  • O sol, que brilha tanto, também se obscurece.

Oração subordinada adjetiva explicativa. Apenas destaca uma qualidade ou propriedade inerente ao sol, que é brilhar. Pode ser excluída da frase sem prejuízo do sentido.

Exemplo 19

  • O homem que trabalha merece recompensa.

Oração subordinada adjetiva restritiva. Todo homem merece recompensa? Não. Apenas o que trabalha merece recompensa.

Exemplo 20

  • O homem que trabalha vence na vida.

Oração subordinada adjetiva restritiva. Todo homem vence na vida? Não. Apenas o que trabalha vence na vida.

Exemplo 21

  • Os homens, que são tidos como seres racionais, estão destruindo seu próprio planeta.

Oração subordinada adjetiva explicativa. A racionalidade é um atributo intrínseco ao ser humano.

Exemplo 22

  • O homem, que é mortal, deseja a imortalidade.

Oração subordinada adjetiva explicativa. Todos os homens são mortais. Se escrevêssemos: O homem que é mortal deseja a imortalidade (sem as vírgulas), teríamos uma oração adjetiva restritiva – sem sentido, é claro – porque iria parecer que há homens que não são mortais.

Exemplo 23

  • A água, que é inodora, é essencial à vida.

Oração subordinada adjetiva explicativa. Ser inodora é uma característica própria da água.

Exemplo 24

  • Não gosto de pessoas mentirosas. / Não gosto de pessoas que mentem.

Poderíamos pôr vírgula entre “pessoas'' e “mentirosas''? Certamente não. E por quê? Porque o papel da palavra “mentirosas'' é limitar o universo de pessoas. Afinal, não é de qualquer pessoa que eu não gosto. Só não gosto das pessoas mentirosas, ou seja, só não gosto das pessoas que mentem.


A oração “que mentem'' exerce o mesmo papel do adjetivo “mentirosas'', isto é, limita, restringe o universo de pessoas. Essa oração é chamada de “adjetiva restritiva'', e não é separada da anterior por vírgula.

Exemplo 25

  • Os cariocas, que adoram o mar, sempre estão de bem com a vida.

A que cariocas se faz referência na frase? Será que a ideia é dividir os cariocas em dois blocos (os que adoram o mar e os que não adoram) e dizer que só os que adoram o mar estão sempre de bem com a vida? É claro que não. O que se quer é fazer uma afirmação de caráter genérico: os cariocas adoram o mar e sempre estão de bem com a vida.


O “que'' dessa frase é pronome relativo (“Os cariocas, os quais adoram o mar...'') e, por isso mesmo introduz oração subordinada adjetiva, que, no caso, não é restritiva. Não restringe, não limita. Generaliza. É chamada de explicativa.


Com a oração explicativa a pontuação é diferente. A oração restritiva não é separada da anterior por vírgula, mas a explicativa é.

Exemplo 26

  • Não gostei da camisa que você comprou.

O que temos é a soma de duas orações (Não gostei da camisa. Você comprou a camisa). O "que" representa a "camisa", caracterizada, determinada pela oração "que você comprou". Afinal, foi dessa camisa que eu não gostei. A oração "que você comprou" é subordinada adjetiva restritiva.

Observações:

1. No lugar das vírgulas que separam as orações subordinadas adjetivas explicativas podem ser usados os parênteses:

  • Xuxa que ganhou o título de rainha dos baixinhos será mãe.

 

2. As orações subordinadas adjetivas podem ser também reduzidas de infinitivo, de gerúndio e de particípio.

 

Guarde isto:

Não basta apenas decorar esta ou aquela regra. É preciso saber o porquê da sua existência.

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Professora Mariana M.
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Respondeu há 1 mês

A frase correta é "O homem que te atendeu era meu amigo". Aqui, "que te atendeu" é um complemento relativo que especifica quem é o homem. O uso de vírgulas nesta construção é opcional.

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