Ciência e Ficção
em 18 de Agosto de 2016
Democratizar o conhecimento científico e situar o público leigo nos processos que envolvem ciência, este é um dos maiores objetivos da divulgação científica.
De Beakman a Carl Sagan, de Contato a Cosmos... Diversos são os meios e mídias onde a divulgação científica pode ocorrer. E quantos destes programas não despertaram o interesse de jovens talentos para se tornarem cientistas, professores e pesquisadores? A divulgação científica também notabiliza-se a medida que é necessária para despertar novos talentos para a ciência. Mas nem tudo são flores. O_O
O mundo de Beakman inspirou muitos a seguirem carreira científica |
Antes de discutirmos a problemática da divulgação científica, devemos fazer uma pequena diferenciação entre: Comunicação científica e Divulgação científica (essa diferença está muito bem explicada no artigo da referência [1]).
Enquanto a primeira destina-se a veicular e propagar informações entre os pares científicos (pesquisadores/cientistas) através de resultados de pesquisas e publicações de artigos, a segunda visa ampliar o alcance destas informações para um público que tem pouco ou nenhum contato com a ciência. A Comunicação científica mantém a comunidade de cientistas e pesquisadores atualizada enquanto a Divulgação científica mantém a população "comum" atualizada a respeito do progresso e avanço da ciência e tecnologia.
A grande questão é: a chamada população "comum" não está familiarizada a jargões científicos, conceitos e teorias complexas enquanto os cientistas/pesquisadores (ou a maior parte deles) não está familiarizada com a comunicação para o grande público. Este distanciamento gera um espaço para maus divulgadores científicos e charlatões que perpetuam uma imagem errada da ciência e de como ela é feita, além de matérias e livros que visam apenas uma grande audiência e optam por tornar títulos e textos sensacionalistas no intuito de chamar a atenção de um público maior.
Carl Sagan, um dos maiores divulgadores científicos |
Portanto cabe a nós (já iniciados na ciência) sejamos estudantes, pesquisadores, cientistas ou entusiastas buscar diminuir esta distância entre o público leigo e a comunidade científica. Isso é feito através de uma correta transposição didática dos conceitos que pretende-se divulgar e de uma maior interação com o público e não apenas da transmissão de conteúdos "mastigados" através de fórmulas e exercícios (coisas que já temos de sobra na escola e que em muitos casos são esquecidas imediatamente após o vestibular). Além é claro de buscar e confirmar as informações através de fontes confiáveis, conversar com especialistas e verificar resultados, ou seja, estar no meio de campo entre a população e a comunidade científica. E o mais divertido de tudo é que esta é uma das maneiras mais ricas de aprender, e foi por isso que o Física com Tequila nasceu. A internet tornou a informação mais democrática. Ao mesmo tempo que temos que tomar um cuidado muito maior com a propagação de falsas informações, temos a possibilidade de levar nossas mensagens para um público muito maior que está amadurecendo cientificamente graças a isso.
Portanto, pesquisem, verifiquem as fontes e desconfiem sempre de títulos fantásticos ou sensacionais. A ciência é um processo humano, democrático e acumulativo e está sempre a espera de novos colaboradores!
Arriba Muchachos!
Referências:
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/informacao/article/view/6585/6761 [1]
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422012000300001 [2]