Como pronunciar o som do "th" do inglês?
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Por: Gabriel S.
15 de Julho de 2025

Como pronunciar o som do "th" do inglês?

Desafios fonéticos para falantes do português brasileiro

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Resumo

Este artigo discute um dos desafios fonéticos mais recorrentes entre falantes brasileiros que estudam inglês como segunda língua: a pronúncia do dígrafo “th”. Embora pareça um aspecto técnico de menor relevância, essa característica fonológica é frequentemente responsável por dificuldades de compreensão mútua e pode impactar negativamente a comunicação oral. O texto explora as variantes fonéticas do “th”, apresenta orientações práticas para a aquisição desse som e aponta estratégias eficazes para superá-lo, com base em pesquisas da fonologia aplicada ao ensino de línguas.


A pronúncia correta dos sons do dígrafo "th" do inglês representa um dos maiores desafios para estudantes brasileiros de inglês como língua estrangeira. Isso ocorre porque os sons produzidos pelo “th” não existem na fonologia do português brasileiro, o que exige um esforço articulatório inédito para os aprendizes e, muitas vezes, resulta em substituições sistemáticas por sons mais próximos de sua língua materna, como /f/, /s/, /d/ ou /t/.

Existem, essencialmente, duas formas principais do “th” no inglês:

  1. O “th” surdo, representado foneticamente como /θ/, como na palavra think /θɪŋk/;

  2. O “th” sonoro, representado como /ð/, como na palavra this /ðɪs/.

Ambos os sons são produzidos com a língua entre os dentes superiores e inferiores (interdental), com a passagem do ar pela fricção nesse espaço. A diferença entre eles está na vibração das cordas vocais: o som /θ/ é surdo (sem vibração), enquanto o som /ð/ é sonoro (com vibração).

Como destaca Celce-Murcia, Brinton e Goodwin (2010), a ausência de sons interdentais no português explica por que aprendizes tendem a substituí-los por consoantes labiodentais (/f/, /v/) ou alveolares (/t/, /d/), que são mais familiares foneticamente. Essa substituição pode não comprometer totalmente a comunicação, mas dificulta a inteligibilidade e pode provocar ruídos na interlocução.

Uma dica fundamental para a aprendizagem desses sons é utilizar a audição ativa aliada à repetição com consciência articulatória. O estudo com frases autênticas gravadas por nativos, especialmente quando associado à transcrição fonética, como recomendado por Kelly (2000), é uma forma eficaz de internalizar não apenas o som isolado, mas o seu comportamento em diferentes contextos de fala.

Outro ponto raramente mencionado é o papel da entonação e do ritmo na produção adequada do “th”. Muitas vezes, a dificuldade não está apenas na articulação do som, mas no fato de o aprendiz ainda não ter absorvido o ritmo natural do inglês — que integra sons, pausas, ênfases e reduções características. Como demonstrado por Jenkins (2007), a compreensão do ritmo da fala nativa contribui para a reprodução mais fluente e natural de sons marcados, como os interdentais.

Por fim, vale destacar que, embora dominar a pronúncia do “th” exija prática consciente, ele não precisa ser uma barreira permanente. O desenvolvimento da escuta ativa, a exposição intensiva a áudios autênticos e a prática com feedback — seja com professores, aplicativos ou gravações próprias — permitem que o aprendiz brasileiro adquira esse som gradualmente, integrando-o ao seu repertório fonético.


Considerações finais

O som do “th” é um dos marcadores mais importantes de uma pronúncia próxima do padrão nativo do inglês. Seu domínio demanda atenção fonológica, prática articulatória e exposição contínua a modelos de fala autênticos. Ao integrar escuta ativa, análise fonética e prática oral, os aprendizes brasileiros podem não apenas superar essa dificuldade, mas também se aproximar significativamente da fluência comunicativa.


Referências bibliográficas

  • Celce-Murcia, M., Brinton, D. M., & Goodwin, J. M. (2010). Teaching pronunciation: A course book and reference guide (2nd ed.). Cambridge University Press.

  • Jenkins, J. (2007). English as a Lingua Franca: Attitude and Identity. Oxford University Press.

  • Kelly, G. (2000). How to Teach Pronunciation. Longman.

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