
Do sublime ao espetáculo

em 17 de Julho de 2025
A distinção entre pronomes sujeito e pronomes objeto é uma das primeiras barreiras gramaticais enfrentadas por estudantes iniciantes da língua inglesa. Embora essa diferença também exista em português, o modo como ela se manifesta estruturalmente em inglês exige atenção especial por parte do aprendiz. Este artigo visa explicar de maneira clara e didática a diferença entre esses dois grupos pronominais, destacando erros comuns e propondo caminhos para o domínio dessa habilidade essencial.
No inglês, os pronomes pessoais se dividem em duas formas principais: os pronomes sujeito (subject pronouns) e os pronomes objeto (object pronouns). Essa distinção, apesar de presente em outras línguas como o português, ganha em inglês uma aplicação mais rigorosa, sendo definida estruturalmente por regras fixas sobre a posição sintática que cada pronome pode ocupar. De acordo com Celce-Murcia e Larsen-Freeman (1999), o domínio dessas formas pronominais é crucial para a construção de frases gramaticalmente corretas e para a fluência inicial no idioma.
Os pronomes sujeito — I, he, she, we, they — desempenham a função de agente da ação e, portanto, geralmente aparecem no início das frases, exercendo o papel de sujeito. São eles que praticam o verbo principal da oração. Já os pronomes objeto — me, him, her, us, them — assumem a função de receber a ação verbal, geralmente aparecendo no final da frase, após preposições ou verbos transitivos.
Um dos erros mais comuns entre estudantes iniciantes de inglês é confundir essas duas formas e utilizá-las de forma intercambiável. Por exemplo, na tradução da frase "Eu estou esperando por ela", é frequente a ocorrência de uma transferência inadequada da estrutura do português para o inglês, resultando em "I'm waiting for she". No entanto, nesse caso, o pronome correto seria "her", pois a função desempenhada pelo termo é a de objeto direto da ação de esperar. Assim, a tradução correta é "I'm waiting for her".
O domínio dessa distinção não se dá apenas pela memorização das formas corretas, mas, sobretudo, por meio da exposição contextualizada a estruturas linguísticas autênticas. Como defendem Ellis (2006) e Nation (2001), o aprendizado gramatical ocorre de maneira mais eficaz quando o aluno é exposto a frases reais, em contextos variados, que permitam identificar padrões de uso. Desse modo, recomenda-se que o estudante não apenas decore os pronomes, mas pratique sua aplicação em textos, diálogos e exercícios que simulem situações do cotidiano.
Entender a diferença entre pronomes sujeito e objeto em inglês é um passo fundamental para a construção de frases corretas e para a comunicação clara desde os níveis mais iniciais. Embora o erro de substituição seja comum, ele pode ser corrigido com o aumento da consciência linguística e, principalmente, com a prática contínua de leitura, escuta e produção de frases contextualizadas. O aprendizado efetivo dessas formas pronominais está diretamente relacionado à capacidade de perceber o papel funcional que cada pronome desempenha em uma oração — e isso é algo que se adquire com tempo, atenção e exposição à língua.
Celce-Murcia, M., & Larsen-Freeman, D. (1999). The Grammar Book: An ESL/EFL Teacher's Course. Heinle & Heinle.
Ellis, R. (2006). The Study of Second Language Acquisition (2nd ed.). Oxford University Press.
Nation, I. S. P. (2001). Learning Vocabulary in Another Language. Cambridge University Press.