Três fundamentos essenciais para aprender inglês
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Por: Gabriel S.
15 de Julho de 2025

Três fundamentos essenciais para aprender inglês

De forma eficiente

Inglês Conversação Básico Gramática Intermediário Ensino Fundamental Avançado Reforço Escolar Tradução Ensino Médio Adolescentes Vestibular TOEFL Negócios Viagens e Turismo IELTS aprendizado de inglês escuta ativa Vocabulário Repetição espaçada Input compreensível Anki textos com áudio

Resumo

Neste artigo, discute-se um modelo introdutório para o aprendizado de inglês com base em três princípios fundamentais: a primazia da escuta sobre a fala nos estágios iniciais, a centralidade do vocabulário como base da proficiência linguística e a importância de aceitar o desconforto inerente ao processo de aprendizagem. A proposta se apoia em experiências pessoais e em fundamentos teóricos de aquisição de segunda língua, apresentando ainda duas ferramentas práticas para a jornada de fluência: textos com áudio e o sistema de repetição espaçada Anki.


Desde cedo, muitas pessoas compartilham o desejo de conhecer todos os passos necessários para dominar uma nova habilidade. O aprendizado consciente, aquele em que o estudante visualiza um percurso claro e trabalha diariamente em direção a um objetivo definido, tende a gerar motivação e comprometimento. No entanto, esse desejo por clareza frequentemente esbarra em conteúdos superficiais, com dicas genéricas e desconectadas da realidade prática do aprendizado. Quando se trata de aprender inglês, essa frustração é comum e legítima, especialmente para quem busca um caminho estruturado.

A primeira chave para destravar esse caminho é compreender que, no início da jornada, ouvir é mais importante do que falar. Segundo Krashen (1985), a aquisição linguística ocorre principalmente por meio do input compreensível, ou seja, da exposição ao idioma de forma natural e significativa. É impossível falar uma palavra que nunca foi ouvida antes. Portanto, quanto mais escuta, mais repertório se acumula. Tentar falar inglês antes de ter ouvido o suficiente é o mesmo que tentar escrever sem antes saber ler: o processo se torna frustrante e ineficiente.

O segundo fundamento está no vocabulário. Como apontado por Nation (2001), cerca de 50% da proficiência em uma língua depende da quantidade de palavras conhecidas. O inglês nada mais é do que a combinação de milhares de palavras em sequência. Não basta conhecer apenas as cem palavras mais comuns: é necessário ampliar gradualmente esse repertório, de forma consistente e contextualizada. Técnicas de memorização — como as baseadas em repetição espaçada e associação com contextos reais — tornam esse processo mais eficaz e duradouro.

O terceiro princípio é talvez o mais desafiador: aceitar que você não vai entender tudo de uma vez. Aprender uma língua é lidar com o desconforto do desconhecido. A compreensão não acontece de forma instantânea, mas sim acumulativa: no primeiro dia, você compreende quase nada; no segundo, um pouco mais; no terceiro, mais um pouco — e assim por diante. Essa construção gradativa da compreensão é o que possibilita, no futuro, uma fluência autêntica. Thornbury (2006) defende que o desconforto cognitivo é parte essencial do processo de aprendizagem significativa, pois é nesse estado que o cérebro se vê forçado a organizar, sistematizar e internalizar padrões linguísticos.

Para colocar esses três princípios em prática, duas ferramentas se destacam: o uso de textos com áudio e o aplicativo de flashcards Anki. Os textos com áudio oferecem input realista, contextualizado e acessível, permitindo ao aluno praticar escuta e leitura simultaneamente. Já o Anki facilita a memorização de vocabulário e estruturas com base na repetição espaçada, técnica comprovadamente eficaz para o armazenamento de longo prazo (Brown, Roediger & McDaniel, 2014).


Referências bibliográficas

  • Brown, P. C., Roediger, H. L., & McDaniel, M. A. (2014). Make it Stick: The Science of Successful Learning. Belknap Press.

  • Krashen, S. D. (1985). The Input Hypothesis: Issues and Implications. Longman.

  • Nation, I. S. P. (2001). Learning Vocabulary in Another Language. Cambridge University Press.

  • Thornbury, S. (2006). An A-Z of ELT: A Dictionary of Terms and Concepts. Macmillan.

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