
DICAS DE VIAGEM/INTERCAMBIO

em 08 de Maio de 2018
No 1° post da série Roma, disse que criei para meus alunos um roteiro que divide a cidade em 3 breves roteiros:
1) Vaticano, Lungotevere e Piazza del Popolo.
2) Roma barroca (que dividirei em Igrejas, Palácios, Praças e Fontes)
3) Roma antica
ROTEIRO 2: Roma Barroca: Palácios, Praças e Fontes
Criei um post no meu blog chamado A Roma barroca dos "palazzi, piazze e fontane", o qual descrevo 3 trajetos dentro deste meinho barroco. Aqui, nomearei apenas aquelas que sao interessantes de se ver.
Piazza di Spagna con Trinità dei Monti:
Ponto de encontro diurno e noturno de romanos e turistas, a praça tem uma escadaria monumental de 135 degraus, que na primavera e em alguns dias do verão é enfeitada por flores brancas e rosa. Ela é dividida em três seções, seguida na seção central por outras escadas que sobem nas laterais e levam à igreja de Trinità dei Monti.
A fonte no centro da praça, na forma de um barco, é afetuosamente chamada pelos romanos de La Barcaccia, ou velha banheira. É atribuída a Pietro Bernini. Segundo dizem, esta foi inspirada pela chegada à praça de um barco durante a inundação do rio Tibre 1598. A anedota serviu para que o Papa Urbano VIII encarregasse a Pietro Bernini a execução da obra, ajudado por seu filho, que mais tarde lhe superaria em fama e técnica, Gian Lorenzo.
Piazza Colonna:
A Piazza Colonna, ganhou esse nome graças à coluna de Marco Aurelio ou coluna Antonina, que ali se encontra. Esta coluna está toda envolta em inscrições que afirmam que ter sido erigida por Marco Aurélio como celebração das vitórias na Arménia, Pérsia e Germânia e dedicada ao seu antecessor Antoninus Pius. Sabe-se agora que, no entanto, foi erigida por Cómodo, filho de Marco Aurélio, para celebrar as vitórias do pai.
Em 1589, o Papa Sisto V restaurou a coluna, tendo sofrido alguma cristianização ("abomnia pietate expurgata") com a adição no topo da estátua de São Paulo. Nesta praça se encontra o Palazzo Chigi, comprado pelo estado italiano para ser o lugar de encontro oficial do Conselho de Ministros, cujo presidente é o Primeiro-Ministro da Itália.
Piazza della Rotonda:
A Piazza della Rotonda, também conhecida como Piazza del Pantheon, se encontra em frente ao Pantheon e abriga uma fonte renascimental projetada por Giacomo della Porta.
Piazza Navona com as 3 fontes (dos 4 Rios, de Netuno e do Mouro):
É uma das mais célebres praças de Roma. Sofreu intervenções de Gian Lorenzo Bernini, com sua famosa Fontana dei Quattro Fiumi; Francesco Borromini com a igreja de Sant'Agnese in Agone; e de Pietro de Cortona, que pintou a galeria no Palácio Pamphilj, sede da embaixada do Brasil na Itália desde 1920.
A praça dispõe ainda duas outras fontes esculpidas por Giacomo della Porta: a Fontana di Nettuno (1574), na área norte da praça, e a Fontana del Moro (1576), na área sul.
FONTANA DEI QUATTRO FIUME:
Uma das mais belas fontes de Roma não poderia ter sido esculpida por alguém que não fosse o artista barroco italiano Bernini. A fonte foi feita em cima de uma bacia elíptica que antigamente servia de bebedouro para cavalos. No centro, há um obelisco egípcio apoiado em uma base “oca” (um absurdo para a época). As estátuas gigantes em mármore branco representam alegorias nuas dos quatros principais continentes do mundo (conhecidos até então) cortados por seus principais rios: Rio Nilo, na África; Rio Ganges, na Ásia, Rio da Prata, na América e o Rio Danúbio, na Europa. Os gigantes de Bernini se movem em gestos cheios de vida e expressão. Para apreciar a beleza da fonte, reparem em cada gigante:
O Danubio indica um dos dois brasões da família de Pamphilj representando a autoridade religiosa do pontífice sobre o mundo; O Nilo cobre o rosto em referência à obscuridade de suas nascentes (incógnita naquela época); O Rio da Prata, perto das moedas que simbolizam a cor prata das águas; O Gange, com um longo remo que sugere a navegabilidade do rio. Além dos rios, a fonte descreve sete animais, não contando com a pomba em bronze no topo do obelisco e com o golfinho que representa o brasão da família Pamphili, juntamente com plantas.
Palazzo Farnese:
Um dos palácios mais suntuosos da Roma renascentista. Foi residencia da familia Farnese e atualmente acolhe a Embaixada da França na Itália.
Desenhado inicialmente por Antonio da Sangallo, um dos assistentes de Bramante, foi redesenhado por Michelangelo e completado por Giacomo della Porta.
Piazza Campo de' Fiori:
É o campo aberto onde ocorre o tradicional mercato di Roma, com especiarias e produtos frescos. Curiosamente é a única praça sem igreja na cidade! No meio da praça há uma estátua, erigida em 1881, em homenagem ao filósofo Giordano Bruno, queimado vivo naquele local pela igreja católica na condição de herege, por ter afirmado, assim como Galileu Galilei, que a Terra é que girava em torno do Sol (e não o contrário, como apoiado pela igreja).
Conselho: Uma passadinha aqui para comprar (ou provar gratuitamente) uns queijinhos para comer no meio do caminho não fará nem um pouco mal a vocês!
Scavi romani em baixo do Largo de Teatro Argentina:
É uma praça em nível abaixo da rua onde constam alguns templos da época da República Romana e as ruínas do Teatro de Pompeu. O nome da praça não tem a ver com o país sul americano, mas com uma cidade de Strasburgo. Após a unificação italiana, foi deliberada a reconstrução parcial de Roma (1909) que passaria pela demolição da zona da Torre Argentina, onde constam os restos de uma torre medieval, a Torre Papito ou Torre Boccamazzi. No entanto, durante os trabalhos (1927), foram descobertas uma cabeça e braços em mármore de grandes proporções, cuja investigação traria algum esclarecimento em relação a esta zona, como uma zona sacra datada da era republicana. Os templos fazem frente a uma estrada pavimentada, datada da era imperial, após o incêndio de 80 d.C. Após o incêndio de 80, o templo foi restaurado e os mosaicos brancos e pretos da câmara interior datam dessa restauração.
Piazza della Repubblica:
A "Praça da Republica", ou "Piazza Esedra", como ainda é conhecida, está localizada nas proximidades da estacão Roma Termini e está exatamente em frente às ruínas da antiga "Termas de Diocleziano". O antigo nome, Esedra, se refere à grande "êxedra" (na arquitetura romana, amplo átrio de formato semi-circular) das termas romanas. Ainda na zona das antigas termas, está a Basilica di Santa Maria degli Angeli e dei Martiri, uma igreja em cruz grega, restaurada por Michelangelo.
Do lado oposto, é possível ver um conjunto de prédios, embelezados com um pórtico semi-circular, dando espaço à diversas lojas.
No centro, vemos a Fontana delle Naiadi, que representam a Ninfa dos lagos (com um cisne), Ninfa dos Rios (deitada com um monstro), Ninfa dos Oceanos (em um cavalo) e a Ninfa das Aguas Subterraneas (com um dragão). Ao centro, se encontra o Grupo de Glauco, que simboliza o domínio do homem sobre as forças naturais.
Teatro dell'Opera: A poucos passos da Piazza Reppublica, está o Teatro dell'Opera de Roma, também conhecido como "Teatro Costanzi", em homenagem ao arquiteto que a projetou (Domenico Costanzi). O local hoje dá espaço à apresentações de operas e balés!
Piazza Barberini:
Praça central romana, o local exibe duas fontes de Bernini, a Fontana dei Tritone; uma de suas primeiras fontes e a não tão exuberante, Fontana delle Ape. A escultura mostra Tritão, mítico personagem da mitologia grega, filho de Netuno, cujo tronco era de um homem e as pernas eram a cauda de um peixe, sorvendo água de uma concha, sendo apoiado por quatro grandes golfinhos (símbolo da família Barberini) de duras feições.
Era natural na época de Bernini que todos os seres representados fossem de grande exatidão fisionômica e artisticamente perfeitos.
Fontana di Trevi:
É a maior e mais ambiciosa construção de fontes barrocas da Itália com quase 26 metros de altura e 20 metros de largura.
A fonte situava-se no cruzamento de três estradas (tre vie), marcando o ponto final do Acqua Vergine, um dos mais antigos aquedutos que abasteciam a cidade de Roma. O antigo costume romano de erguer uma bela fonte ao final de um aqueduto que conduzia a água para a cidade foi reavivado no século XV, com o Renascimento. Em 1629, o Papa Urbano VIII achou que a velha fonte era insuficientemente dramática e encomendou a Bernini alguns desenhos, mas quando o Papa faleceu o projeto foi abandonado. A última contribuição de Bernini foi reposicionar a fonte para o outro lado da praça a fim de que esta ficasse defronte ao Palácio do Quirinal (assim o Papa poderia vê-la e admirá-la de sua janela). Ainda que o projeto de Bernini tenha sido abandonado, existem na fonte muitos detalhes de sua idéia original.
Piazza Venezia e o Vittoriano:
Entre a Piazza Venezia e o Monte Campidoglio, o também conhecido Altare della Patria é um monumento em honra a Vittorio Emanuele II, primeiro rei da Itália unificada e “pai” da pátria italiana. Feito de puro mármore branco de Botticino, apresenta uma majestosa escadaria, colunas coríntias, fontes, uma enorme estátua equestre de Vítor Emanuel e duas estátuas da deusa Vitória em quadrigas. A estrutura tem 135 m de largura e 70 m de altura; Apesar de bonito e imponente, o monumento é controverso desde sua construção, pois significou destruir uma grande área do Campidoglio, a qual guardava vestígios medievais no local. O prédio é muito branco, contrastando no meio dos edifícios marrons que o rodeiam. Apesar de todo esse criticismo, o monumento ainda atrai um grande número de visitantes.
Em um próximo post, falarei dos outros roteiros por Roma. Mas enquanto isso, visitem meu blog: OsAmigosdeMochila ou o site Turistando.in!