Não coube ali no título, tenho a última questão para fechar minhas perguntas: Existe uma elaboração filosófica mais forte contra o ceticismo que a de Descartes?
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Essa é uma questão em aberto no campo de estudos da filosofia, a eficácia de cada resposta depende das pressuposições e perspectivas filosóficas individuais. Alguns pensadores escreveram criticas ao ceticismo de formas muito interessantes, mas para exemplificar o "mais simples" desses pensamentos vou citar Moore, ele argumentou que podemos ter conhecimento direto de objetos físicos, como nossas mãos, por meio de um simples gesto de "aqui está uma mão, aqui está outra", o que, segundo ele, refuta qualquer forma de ceticismo que negue a existência do mundo externo. Lembrando que são abordagens e abordagens sobre o assunto, Kant da outra visão no seu livro "Critica da razão pura" e assim acontece com muitos outros.
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Nietszche! Seria essa a forma mais "fácil", porémm precisa de muita paciencia para entender suas obras
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Pelo que sei Descartes foi contra o ceticismo principalmente o pirronico.
Acredito que Descartes não foi o único a ir contra, mas foi único a supor uma teoria.
Sim, as ideias de Descartes, especialmente em relação ao ceticismo, têm sido objeto de críticas e refutações ao longo da história da filosofia. Uma das críticas mais conhecidas vem de filósofos empiristas, como David Hume, e também de pensadores contemporâneos.
**1. Crítica à Dúvida Hiperbólica:**
Descartes introduziu a dúvida hiperbólica como método para chegar a uma certeza indubitável. No entanto, alguns filósofos argumentaram que essa dúvida extrema é desnecessária e leva a um ceticismo que é impraticável na vida cotidiana. Hume, por exemplo, questionou a validade da ideia de uma mente separada do corpo, destacando a interdependência entre as percepções e a experiência sensorial.
**2. Crítica Empirista:**
Filósofos empiristas, como Hume e John Locke, questionaram a ideia de ideias inatas e argumentaram que todo o conhecimento vem da experiência sensorial. Essa visão contrasta com a ideia de Descartes de que a mente possui ideias inatas que são claras e distintas por si mesmas.
**3. Filosofias Contemporâneas:**
Na filosofia contemporânea, várias abordagens têm questionado a fundamentação cartesiana. Por exemplo, a filosofia da linguagem e a filosofia analítica têm explorado questões sobre a relação entre a linguagem e a mente de maneiras que desafiam algumas das suposições cartesianas.
**4. Existencialismo:**
Filósofos existencialistas, como Jean-Paul Sartre, também ofereceram perspectivas alternativas à abordagem de Descartes. Eles enfatizam a existência precedendo a essência e argumentam que a consciência está sempre enraizada na experiência do mundo, em contraste com a visão cartesiana da mente como algo isolado.
É importante notar que a refutação de Descartes muitas vezes ocorre em várias frentes, abordando diferentes aspectos de sua filosofia. O ceticismo radical de Descartes, especialmente sua dúvida sobre tudo, foi frequentemente questionado como sendo excessivamente cético e impraticável.
No entanto, é difícil apontar uma elaboração filosófica única que seja universalmente aceita como mais forte contra o ceticismo de Descartes, pois as abordagens variam de acordo com as tradições filosóficas e os enfoques teóricos. Cada crítica aborda diferentes aspectos das ideias cartesianas, contribuindo para uma compreensão mais ampla e complexa das questões epistemológicas levantadas por Descartes.
Descartes recai, em certo ponto de suas meditações, em uma posição de dúvida total, suspendendo as crenças na existência do mundo externo, das leis da lógica ou de quaisquer conhecimentos prévios. Um ceticismo absoluto, interrompido apenas pela constatação da própria existência, enquanto um ser que duvida e, portanto, pensa.
Há quem argumente que o próprio "Penso, logo existo", a primeira verdade à qual se pode chegar a partir deste ceticismo absoluto, é ela própria baseada em regras da lógica, como um raciocínio dedutivo (o que estaria suspenso pelo argumento do Deus enganador ou Gênio maligno).
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