Ajuda por favor.

Professor Rafael M.

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Respondeu há 3 anos

Olá Sarah, tudo bem?

Sobre a primeira pergunta, podemos dizer que a sociedade açucareira é diferente da mineradora apesar do aspecto escravista porque a questão do escravismo é algo que se encontra na raiz da formação do Brasil, ou seja, o nosso país é um país fundado na mão de obra negra e indígena escravizadas, o que traz um legado trágico para nosso país através do racismo, do machismo etc. No caso do período colonial, tanto a mineração quanto a atividade açucareira tiveram como características estruturantes a escravidão, mas se desenvolveram de maneiras diferentes. A sociedade açucareira era uma sociedade que se consolidou, a princípio, nas regiões litorâneas do que hoje é o Brasil, com pouca entrada no interior do território pelos rios. Além disso, a atividade econômica principal não apenas dessa sociedade como da colônia toda era a produção de açúcar em engenhos, ainda que não fosse a única (ela continua durante o período de auge da mineração, por exemplo). Agora, no caso da mineração, temos a penetração em grande parte do território da América Portuguesa e inclusive Espanhola (os bandeirantes transgridem o Tratado de Tordesilhas, forçando o império espanhol a ceder parte do território ao império português), a atividade econômica principal sendo a extração de ouro e, em menor quantidade, diamante, a formação de centros urbanos importantes como Mariana e Cuiabá...

A segunda pergunta não é difícil. O escravo de ganho era aquele que prestava serviços, como um alfaiate, ferreiro, barbeiro etc., enquanto o escravo doméstico era aquele que trabalhava dentro da casa grande com as famílias brancas, exercendo trabalhos domésticos como a limpeza, cuidado com as crianças etc.

A terceira pergunta é a mais fácil porque pode ser respondida rápido e porque possui tantos exemplos na nossa sociedade que podemos falar quase sobre qualquer coisa. O enunciado pede três, mas vou dar vários elementos para você: o idioma que falamos é cheio de influências de idiomas africanos e indígenas (só pensar em expressões como "zumbi", que é africano, e "Ibirapuera", indígena); as religiões afro-americanas, como quimbanda, umbanda, candomblé, dentre outras; a culinária, onde temos pratos como a feijoada, o acarajé; a música, onde temos o samba, o jazz; no século XVIII, os bandeirantes paulistas só sobrevivem em suas expedições devido aos costumes indígenas que assimilaram, desde o mosquiteiro e repelentes naturais (que usamos até hoje), por exemplo, até o uso do arco e flecha no lugar de armas de fogo.