Peste negra

História Ensino Médio ENEM

A peste negra (1346 - 1353) foi um momento pandêmico devastador durante a Idade Média. Faça uma análise sobre os danos políticos, econômicos e sociais resultantes desse momento histórico 

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Gean perguntou há 3 anos

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Professor André M.
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Respondeu há 3 anos

Primeiramente devemos lembrar que a chamada Peste Negra (ou bulbônica) ocorreu bem no período da medieval, onde todos os acontecimentos estavam ligados a crença religiosa. Inicialmente a Peste foi atribuída ao pecado da humanidade, posteriormente ao povo judeu. Essa acusão infundada aos povos judeus rendeu uma tensão social. Outra crise social foi com relação aos infectados pela peste, que eram deixados a própria sorte. As relações humanas se mostraram frágeis. Por outro lado, a mão de obra camponesa foi muito valorizada no período. O número de pessoas mortas nos campos e nas cidades afetou diretamente a econômia, que se encontrava sem produção alimentar suficiente. Politicamente os reinos tomarm medidas de restrição cada vez mais rígidas, como a proibição de produtos estrangeiros, pesca em larga escala e taxação abusiva de produtos. Importante lembrar que a chamada Guerra dos Cem anos  (Inglaterra X França) estava ocorrendo no período. Uma boa imagem para ilustrar como a Peste abalou todas as classes sociais, veja a gravura conhecida como "Dança Macabra".

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Professor Rafael M.
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Respondeu há 3 anos

Olá Gean! Tudo bem por aí?

Então, o que se chama de "peste negra" era um conjunto de pestes dermatológica, sanguínea e pulmonar que afligiram uma enorme região da Europa, do norte da África e da região oriental do Mediterrâneo. A peste bubônica, dermatológica, já era conhecida desde o século VI se não estou enganado, mas, ainda assim, a medicina europeia não conseguiu apresentar uma cura substancial, de tal maneira que levou ao enorme número de mortos entre 1347 e 1353 - se diz muito que 20 milhões de pessoas morreram, mas essas informações são sempre difíceis de avaliar pela falta de documentação que nos permita dizer isso. De qualquer forma, a peste bubônica não era a única que permanecia sem cura: a lepra, por exemplo, era conhecida desde a Antiguidade e, ainda assim, não havia cura (apesar que o número de casos parece ter diminuído com a peste negra).

Como não havia cura, de danos sociais podemos mencionar, é claro, o enorme morticínio de pessoas, que, como já falei, estima-se por volta de 20 milhões de pessoas, praticamente anulando todo o desenvolvimento demográfico europeu que vinha se apresentando desde o século X, o que tem como consequência um aspecto econômico que é a redução da produção agrícola e artesanal e, assim, do comércio europeu como um todo (mas os aprendizados dos Renascimentos Urbano e Comercial jamais foram esquecidos, tanto que poucos séculos depois vemos o mercantilismo aparecer). Se por um lado a produção agrícola diminuiu, diminuiu a força daqueles que exploravam o campesinato em troca de produtos agrícolas: os nobres. Envolvidos em guerras como a dos Cem Anos (1337 - 1443), os guerreiros ingleses e franceses exauriram-se de forma acentuada, o que permitiu que os camponeses encontrassem maior espaço para manifestar-se pela diminuição de tributos feudais em torno dos alimentos, já que o momento era de fome generalizada também. Assim, com o enfraquecimento da força nobre dissipada pelos territórios europeus, vários desses nobres enfraquecidos recorrem aos reis para receberem ajuda, o que dá cabo a um processo lento de centralização do poder feudal, que atingirá seu ápice com o Estado absolutista, uma síntese decadente do modo de produção feudal. Além disso, a própria Igreja perdia força, porque a Peste Negra foi um motivo poderoso para o questionamento de uma ordem social defendida pela Igreja e que cimentava o feudalismo ao prender o campesinato na terra para ser explorado pela nobreza feudal.

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