Tema de redação

Eliana, as causas da intolerância e do discurso de ódio geralmente vem de uma elite que quer se manter no topo, criando narrativas para que se tenha a legitimação dessa estrutura social, as consequências geralmente são uma sociedade desigual, marcada por injustiças e impunidades para com aqueles que não fazem parte do grupo dominante, espero ter ajudado !

Eliana, concordando com o professor Matheus, essa elite, que são grupos, que exercem o domínio sobre a organização política e econômica da sociedade cria hierarquias sociais que estipula e legitima quem é superior e digno de privilégios , e quem é visto como inferiores e merecedores de uma posição marginal e humilhante na sociedade. O Brasil , enquanto nação, nunca considerou as minorias, ao contrário, seu projeto político sempre excluiu pobres, negros, índios e outras minorias. Nosso país foi construído a partir de valores individualistas europeus que sempre legitimaram a dominação de um grupo sobre o outro, justificou os privilégios de um sobre o outro, calou a consciência da injustiça e naturalizou a violência e as desigualdades como a percebemos e vivenciamos hoje. Eliana, vamos marcar uma aula para você compreender melhor a formação da sociedade brasileira e as bases das desigualdades sociais? Abraços

Há várias teorias, eu particularmente gosto da que a Rose Marie Muraro desenvolve na introdução da versão da edição brasileira do "Martelo das Feiticeiras" , sobre a relação da evolução da propriedade privada com a dominação dos homens mais forte e guerreiros. Ela associa, com base em estudos de Antropologia, a ideia de que , quando as sociedades primitivas começam a cultivar a terra e a domesticar animais, começam também a ter problemas com a guerra, nesse processo, muitas vezes é necessário novas conquistas, assim, os guerreiros mais fortes vão se apossando de terras mais fertéis, mais produtivas, tornando-se mais poderosos. Ao mesmo tempo, as sociedades começam a desassociar a ideia do Divino da Maternidade. Para muitos antropólogos, é dentro desse processo, que não é linear e nem homogêneo, que as sociedades matriarcais se transformam em patriarcais, com o avanço das propriedades privadas e o poder das guerras, as mulheres e homens sem terras vão pertendo seus direitos . Já com o advento do cristianismos esse processo se afirma , com apoio ao poder divino dado pela ideologia judaica-cristã. Cada vez mais o poder da guerra, da propriedade e do Poder Político vão subordinando ainda mais os considerados fracos, como as muheres e os camponeses. Entra no caldeirão a ideologia Cristã dos conquistadores Européus, que começam, na Idade Moderna e Contemporânea, a subjulgar os povos Africanos e Asiáticos não Cristão . A atual situação das minorias, tem várias causas históricas, e uma relação muito íntima com a civilização judaica-cristã europeia, sem nos esquercermos da psicologia humana. Os humanos não são bons como acreditava Rousseou. Segundo Freud, no livro "O mal-estar na Civilização", os homens são ruins e brigam pelo poder e gostam de subjulgar se tiverem oportunidades. Concluindo , a História nos mostra que a natureza humana, sempre que pode subjulga os que estão em algum momento em situação de desvantagens ou mesmo são colocados nessa situação, para que poucos assumam o poder político e econômico . Importante também, observarmos que, as religiões , em geral, principalmente as de grande alcance, são usadas para esse fim de subjulgar, condenar e conquistar. O padrão do Homem Branco e Cristão prevaleceu nas sociedades contemporâneas, é o padrão do conquistar europeu dos séculos da Idade moderna que conquistou o Mundo.

Basicamente, vem da necessidade da elite tentar manter o controle sobre as minorias, afim de conseguir privilégios e status. Concordo, com a afirmativa do professor Matheus.