Algumas dúvidas sobre estrias:

Medicina Dúvida

Já li muito sobre estrias (rompimento das fibras na pele), já li artigos e já até falei com médicos. Eu tive interesse por esse assunto porque eu tenho muitas pelo corpo, e eu gostaria de saber a REAL origem disso, porque é não é legal. Até onde sei, sei que a maioria dos artigos que li mostra que a estria é genética. Claro que há influência do ambiente: crescimento, obesidade, etnia, ganho de peso, síndrome de Cushing e etc, mas o que mais influencia é a genética. E o que eu queria saber é: 1) O excesso de cortisol realmente influencia na aparição de estrias? Pergunto isso porque nesse artigo (A influência do estresse sobre o sistema imunológico: Uma revisão da literatura) mostra que o cortisol diminui a atividade proteica na imunidade. E gostaria de saber se  influencia de fato. 2) E por que tem que ser a genética a mais influenciadora nas estrias? Seria porque os alguns ancestrais passaram por alguma pressão seletiva onde para sobreviver teve como resultado as estrias? Ou estrias seriam uma mutação genética totalmente aleatória? 3) Ter imunidade baixa influencia em ter estria? O corpo poderia gastar a proteína que ingerimos para o sistema imune, ao invés de investir mais na cicatrização da estria?

OBS: Ao responder minha pergunta, se puderem colocar a referência de sua resposta, seja artigo, livro, site, ficarei grato. Ah, e outra coisa: Se souberem de algum estudo atual mais profundo mostrando se a genética realmente é a MAIS influenciadora para estrias, se puderem, compartilhem comigo.

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Wesley perguntou há 7 meses

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Professora Williane M.
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1) O excesso de cortisol pode influenciar no aparecimento de estrias, embora não seja o único fator envolvido. O cortisol é um hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais em resposta ao estresse e desempenha um papel importante na regulação de várias funções no corpo, incluindo o metabolismo e a resposta imunológica. A relação entre o cortisol e as estrias ocorre principalmente devido aos efeitos negativos que o cortisol em excesso pode ter na pele. Aqui estão algumas maneiras pelas quais o cortisol pode contribuir para o aparecimento de estrias:

1. Redução da produção de colágeno: O cortisol em excesso pode diminuir a produção de colágeno na pele. O colágeno é uma proteína essencial para a elasticidade e a saúde da pele. Quando a produção de colágeno é reduzida, a pele pode se tornar menos elástica, tornando-se mais suscetível ao estiramento e à formação de estrias.

2. Redução da capacidade de cicatrização: O cortisol pode interferir na capacidade do corpo de cicatrizar e reparar a pele danificada. Isso significa que a pele pode não se recuperar adequadamente de estiramentos causados pelo crescimento rápido, ganho de peso ou outros fatores, o que pode levar ao desenvolvimento de estrias.

3. Diminuição da circulação sanguínea: O cortisol em excesso pode afetar a circulação sanguínea na pele, o que pode prejudicar o fornecimento de nutrientes e oxigênio às células da pele. Isso pode dificultar ainda mais a capacidade da pele de se reparar e regenerar.

É importante notar que a relação entre cortisol e estrias pode variar de pessoa para pessoa, e as estrias são multifatoriais, ou seja, envolvem uma combinação de fatores genéticos, hormonais, de crescimento e outros. Nem todas as pessoas que experimentam altos níveis de cortisol desenvolverão estrias, e muitas pessoas que têm estrias não necessariamente têm altos níveis de cortisol.

2) A influência genética nas estrias não significa necessariamente que as estrias sejam resultado de uma pressão seletiva ou de uma mutação genética específica. Em vez disso, a genética desempenha um papel na predisposição de uma pessoa a desenvolver estrias, tornando algumas pessoas mais propensas a desenvolvê-las do que outras.

A razão pela qual a genética é considerada um fator influente nas estrias está relacionada à herança de características da pele, como elasticidade, resistência e capacidade de lidar com o estiramento. As pessoas herdam genes de seus pais que podem influenciar essas características. Algumas pessoas têm naturalmente uma pele mais elástica e resiliente devido à sua genética, o que pode torná-las menos suscetíveis a estrias, mesmo quando enfrentam situações que normalmente levariam ao seu desenvolvimento, como o crescimento rápido ou o ganho de peso.

Isso não significa que as estrias sejam o resultado de uma adaptação evolutiva ou de uma mutação genética específica. Em vez disso, é uma questão de variação natural na genética das pessoas. Assim como a cor dos olhos ou do cabelo é influenciada pela genética, a predisposição às estrias também pode ser uma característica herdada.

É importante lembrar que as estrias são multifatoriais e não resultam apenas da genética. Outros fatores, como crescimento rápido, ganho de peso, gravidez, uso de corticosteroides tópicos, entre outros, também desempenham um papel na formação de estrias.

Em resumo, a genética é um dos fatores que influenciam a predisposição de uma pessoa a desenvolver estrias, mas as estrias não são necessariamente uma adaptação evolutiva ou uma mutação genética específica. Elas são resultado de uma interação complexa de fatores genéticos e ambientais.

 

3) A relação entre a imunidade baixa e o desenvolvimento de estrias não é bem estabelecida na literatura médica. As estrias são principalmente o resultado de estiramento e ruptura das fibras de colágeno na pele, e sua formação está mais relacionada à capacidade da pele de lidar com esse estiramento e se reparar do que com o sistema imunológico.

É verdade que, em condições de imunidade comprometida, o corpo pode ter dificuldade em combater infecções e se recuperar de lesões, incluindo lesões na pele. No entanto, as estrias não são consideradas lesões no sentido tradicional, e seu processo de formação envolve principalmente mudanças estruturais na pele devido ao estiramento.

A cicatrização das estrias ocorre em nível celular e está mais relacionada ao colágeno e à elastina na pele do que ao sistema imunológico. A formação de estrias é um processo gradual e complexo que envolve a remodelação do colágeno na derme.

Em relação ao consumo de proteínas, é importante para a saúde geral da pele e para a produção de colágeno. No entanto, não está claro se uma imunidade baixa resultaria em uma alocação significativamente menor de proteínas para a pele em detrimento do sistema imunológico. O corpo geralmente tenta equilibrar suas necessidades nutricionais para manter funções essenciais, incluindo a resposta imunológica e a manutenção da pele.

 

Segue link de estudo relacionado em que você solicitou. Ao clicar, vai abrir uma página em branco, aguarde o arquivo pdf ser baixado. 

https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/8140/7364/117826

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