Para responder sua dúvida é necessário entender a diferença entre uma descarga elétrica num gás à baixa pressão e descarga no vácuo. No gás à baixa pressão, há um número relativamente grande de moléculas, de maneira que a descarga é formada pelo movimento de íons do gás para o catodo, e elétrons para o anodo. Durante a ionização do gás se produz luz, e é por este motivo que nessas descargas há um feixe luminoso do anodo ao catodo (tubos de Geissler). Mas, na descarga no vácuo, o número de moléculas de gás que restam no interior do tubo é insignificante, de maneira que o número de íons formados também é insignificante, e não chega a se formar a corrente de íons como no caso anterior. Neste caso, a corrente elétrica no interior do tubo é constituída somente por elétrons que são arrancados do catodo e atraídos pelo anodo, isto é, raios catódicos. E como não há formação de íons, não há produção de luz no interior do tubo, e não há feixe luminoso entre o catodo e o anodo. (Tubo de Crookes). Por isso então é necessário que essas experiências ocorram num gás a baixa pressão afim de que o fenômeno fosse visto.