Para Hobbes, o contrato social pode ser revogado? Se sim, em quais circunstâncias?
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Um primeiro ponto importante para essa dúvida é entender que o conceito de "contrato", usado por Hobbes e outros contratualistas (como Rousseau) não é um contrato explícito, formal - como aqueles que são registrados em cartório, por exemplo. O contrato social receberia esse nome porque, assim como qualquer contrato, é um acordo de vontades: a coletividade de seres humanos resolveu voluntariamente sair do que Hobbes chama de "estado de natureza" - uma realidade na qual os seres humanos só seriam regidos pela sua vontade e, por isso, seria um mundo dominado pela violência, pelo egoísmo etc. O contrato social, assim, seria a renúncia voluntária de parte da liberdade individual a um soberano, com cada indivíduo se tornando um cidadão obrigado a seguir as leis, em troca de uma segurança contra a violência que caracterizaria o estado de natureza. Assim, o contrato social, mais do que um documento ou uma manifestação formal de indivíduos, seria um processo histórico, e a sua revogação significaria a impossibilidade de se viver em sociedade, a volta ao estado de natureza e o que Hobbes chama de "guerra de todos contra todos".
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