Para rousseau a vontade da maioria sobrepõe a vontade geral?

Sociologia Geral Rousseau

Olá Professor(a)

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Tenho uma dúvida sobre a Teoria Política de Rousseau:

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(-1-) Rousseau defende a vontade da maioria em detrimento da vontade geral?
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(-2-) Gostaria de saber qual o motivo da afirmação estar certa ou errada?

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Guto perguntou há 5 meses

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Professora Paola R.
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Respondeu há 5 meses

A Teoria Política de Jean-Jacques Rousseau, especialmente como apresentada em sua obra "O Contrato Social", é central para a compreensão da democracia moderna e da soberania popular. Vamos analisar sua pergunta em duas partes:

(-1-) Rousseau defende a vontade da maioria em detrimento da vontade geral?

Resposta: Não, Rousseau não defende a vontade da maioria em detrimento da vontade geral. Na verdade, ele faz uma distinção clara entre as duas.

(-2-) Motivo da afirmação estar certa ou errada

Para Rousseau, a "vontade geral" (volonté générale) é o coração de sua teoria política. Ela representa o interesse comum ou o bem comum, que é diferente da soma das vontades individuais (que ele chama de "vontade de todos" ou volonté de tous). A vontade geral é mais do que apenas a maioria; é a vontade coletiva que visa ao bem-estar comum da sociedade.

Em contraste, a vontade da maioria pode nem sempre representar o bem comum; pode representar apenas os interesses de uma maioria, às vezes em detrimento das minorias ou do bem-estar coletivo. Rousseau estava ciente de que a simples maioria poderia ser tirânica e não necessariamente alinhada com a vontade geral.

Para Rousseau, a vontade geral é soberana, e a legitimidade do governo depende de sua conformidade com essa vontade geral. Ele via a democracia direta, onde os cidadãos participam diretamente da formulação da vontade geral, como o ideal (embora reconhecesse as dificuldades práticas em grandes Estados).

Portanto, a distinção que Rousseau faz entre a vontade geral e a vontade da maioria é crucial para entender seu pensamento. Ele argumenta que a verdadeira liberdade e a justiça em uma sociedade são alcançadas quando as leis e as políticas refletem a vontade geral, e não apenas os desejos da maioria. Isso implica uma participação ativa e informada dos cidadãos na vida política, indo além do simples voto majoritário.

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Professora Hiuana R.
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Respondeu há 5 meses
A resposta curta é: não, Rousseau não defende a vontade da maioria em detrimento da vontade geral.

A afirmação está errada porque Rousseau distingue claramente entre vontade da maioria e vontade geral. A vontade da maioria é a vontade da maioria dos indivíduos em uma sociedade, enquanto a vontade geral é a vontade do corpo político como um todo. Rousseau argumenta que a vontade geral é sempre justa e legítima, enquanto a vontade da maioria pode não ser, se não estiver de acordo com o bem comum.

Em seu livro Do Contrato Social, Rousseau afirma que a vontade geral é "a soma dos interesses particulares, devidamente ponderados". Ele argumenta que a vontade geral é sempre justa porque é baseada no bem comum, que é o interesse de todos os membros da sociedade. A vontade da maioria, por outro lado, pode não ser justa se não estiver de acordo com o bem comum.

Rousseau também argumenta que a vontade geral é sempre legítima porque é a vontade do corpo político como um todo. Ele acredita que o corpo político é uma entidade moral que tem sua própria vontade, que é diferente da vontade dos indivíduos que o compõem. A vontade da maioria, por outro lado, é apenas a vontade da maioria dos indivíduos, e não a vontade do corpo político como um todo.

Portanto, Rousseau defende que a vontade geral deve sempre prevalecer sobre a vontade da maioria. Ele acredita que a vontade geral é sempre justa e legítima, enquanto a vontade da maioria pode não ser.

Aqui estão alguns exemplos de como Rousseau defende a vontade geral em detrimento da vontade da maioria:

  • Rousseau argumenta que a vontade geral deve ser soberana. Isso significa que a vontade geral é superior à vontade de qualquer indivíduo ou grupo, incluindo a vontade da maioria.
  • Rousseau argumenta que a vontade geral deve ser expressa através de uma democracia direta. Isso significa que todos os cidadãos devem ter a oportunidade de participar do processo de tomada de decisão.
  • Rousseau argumenta que a vontade geral deve ser aplicada por um governo que seja fiel ao bem comum.

Em conclusão, Rousseau defende a vontade geral em detrimento da vontade da maioria porque acredita que a vontade geral é sempre justa e legítima. A vontade da maioria, por outro lado, pode não ser justa se não estiver de acordo com o bem comum.

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Professor Gabriel C.
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Respondeu há 5 meses

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Professor Marcio C.
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Respondeu há 5 meses

Vamos lá, a resposta é não.

Rousseau era um contratualista, ou seja, as bases do Estado e da sociedade deveriam ser regidas por um contrato, as leis, dessa forma as liberdades individuais seriam valorizadas e não existiriam mais regimes autocráticos. Ele publicou essa base em seu livro “O Contrato Social”

Assim sendo, a liberdade humana foi trocada pela liberdade civil, dizia: “o homem nasceu livre mas em toda parte se encontra sob ferros”. Acreditava que o homem precisava quebrar seus grilhões e voltar à sua liberdade natural, mas como fazer isso? Tendo em vista que a atual sociedade se acomodou e hoje é “constrangida” a obedecer e obedece?

Propõe então o “Contrato Social” que é justamente uma legislação que visa defender o direito de todos. Vale lembrar que, assim como Aristóteles, Rousseau não era favorável à “democracia da maioria”, mas sim, um regime onde a vontade de todos fosse satisfeita.

Isso seria possível através deste “contrato”, pois este deveria defender a liberdade e o direito de todos, pois para ele, quando vivemos em sociedade não somos mais indivíduos, somos cidadãos e, para ter êxito no contrato, as pessoas deveriam renunciar aos seus direitos individuais em favor do bem comum – este bem comum seria defendido pelo Estado, principalmente para grupos não exercerem a dominação sobre outros e, para que as leis fossem cumpridas.

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Professora Cirleia O.
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Respondeu há 5 meses

A resposta é não, Russeau defende uma ideia oposta. Ele argumenta em favor da vontade geral sobre a vontade da maioria. Para Russeau, a vontade geral respeita o interesse comum ou ao bem comum de toda sociedade, enquanto a vontade da maioria pode não necessariamente refletir o que é para todos.

Ele acreditava que a vontade geral é a expressão da soberania do povo como um todo, não apenas da maioria. Russeau via a vontade da maioria como uma expressão das opiniões individuais agregadas, que não poderia levar em consideração o bem estar de todos os membros da sociedade.

A vontade geral, para Russeau, é alcançada através do contrato social, no qual os indivíduoabrem mão de seus interesses individuais em prol do interesse coletivo, resultando em uma vontade que busca o bem comum de todos os cidadãos.

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Professor Giocemar C.
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Respondeu há 3 meses

Ola. Esta pergunta demanda grande explicação da teoria contratualista de Rousseau. Vi belas respostas de colegas que dão conta de sua duvida. Mas repondo de forma resumida e diferente. Na filosofia precisamos aprender a pensar. No caso em questão, "vontade da maioria", qual maioria? Se fossemos aplicar isto em nossa política, a vontade da maioria de um partido? da maioria da assembléia? maioria do povo? maioria das mulheres, ou homens? E as minorias seriam desprezadas? E a vontade geral? Parece-me que esta se refira a um todo mais heterogeneo e diverso que poderia representar o todo não? Creio que esta distinção responde sobre certo ou errado pois, é nesta ótica que Rousseau faz distição dois dois termos.

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Professora Hellen S.
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Respondeu há 2 meses
Não. Jean Jacques Rousseau defendia que um pacto legítimo chamado Contrato social fosse desenvolvido na sociedade pautado na exclusão das vontades individuais pelo detrimento da vontade de todos. Defender a vontade da maioria em detrimento da vontade geral continua sendo defender a vontade de uma parte, mesmo que seja uma parte significativa, não se faria um bem comum para todos. Rosseau acreditava que o caminho para as desigualdades era sobrepor a vontade de uns sobre os outros e que para soberania do povo a vontade do cidadão deveria ser coletiva, formando assim a soberania política da vontade coletiva.

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