Bem-vindo a Atlântida ou Bem-vindo à Atlântida?
grata,
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Mayara, veja:
Vou a Atlântida. Volto de Atlântida.
Mas:
Vou à Atlântida de minha infância.
Volto da Atlântida de minha infância.
Quando há artigo "a", determina-se o nome, portanto há sentido específico. Caso contrário, o sentido é genérico.
Espero tê-la ajudado. At.te, tutor Miguel Augusto Ribeiro.
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Para saber, uma dica que pode auxiliar é a substituição do substantivo feminino pelo masculino.
Ex: Bem vindo AO Catar.
Ao trocar o substantivo feminino pelo masculino obtém-se AO, então a variação no feminino deverá ser craseada. Então, o correto é "Bem-vindo à Atlântida".
Para saber, uma dica que pode auxiliar é a substituição do substantivo feminino pelo masculino.
Ex: Bem vindo AO Catar.
Ao trocar o substantivo feminino pelo masculino obtém-se AO, então a variação no feminino deverá ser craseada. Então, o correto é "Bem-vindo à Atlântida".
Os dicionaristas Aurélio, Houaiss e Sacconi são unânimes em registrar que o topônimo Atlântida aceita o artigo (vide verbete atlante). Se Atlântida não repele o artigo a (segundo elemento da crase) e o nome bem-vindo exige a preposição a (primeiro elemento da crase), tem-se que a forma correta (respondendo à sua pergunta) é:
Bem-vindo à Atlântida (a + a = à).
Veja bem: o emprego do acento indicativo de crase [o acento grave (`)] antes de topônimos (nomes de lugares) femininos depende de esses nomes aceitarem ou não o artigo definido a.
Em relação aos nomes de lugares (topônimos), sabe-se que uns aceitam artigo e outros não. Assim sendo, o emprego do artigo antes desses nomes e, por conseguinte, o acento grave, não pode ser indiscriminado. Por exemplo, Fortaleza, Brasília e Roma, não aceitam artigo (a menos que estejam acompanhados de determinantes). Assim sendo, antes deles não pode haver crase (a não ser que estejam, como dissemos, acompanhados de determinantes). Já os topônimos Bahia e Paraíba, por exemplo, exigem o artigo, podendo haver crase antes deles, se for o caso.
Para se saber se um topônimo aceita ou não artigo, há duas formas de se testar:
A primeira é construir uma frase em que esse nome figure como sujeito, a exemplo de: ”Fortaleza é a capital do Estado do Ceará”, ”Brasília é a capital do Brasil”, ”São Paulo é o maior estado brasileiro”; “A Bahia e a Paraíba são Estados do Nordeste; e o Rio de Janeiro, do Sudeste”.
Viu-se que antes dos três primeiros nomes não há artigo (a/o), ao contrário dos três últimos.
A segunda forma de saber consiste em se construírem frases com esses nomes utilizando os verbos “ir”, “vir”, “morar”, “passar”:
Veja que em nenhum desses casos se utilizou o artigo, mas tão somente a preposição pura (para, de, em, por). Por outro lado, nos próximos exemplos verifica-se a presença do artigo:
O topônimo aceitar ou não artigo é fator determinante para a existência ou não de crase antes dele. Senão vejamos:
1) Em “Vou a Fortaleza” e “Vou a Brasília” não há crase porque tais nomes não aceitam artigo, a não ser que estejam determinados: Vou à bela Fortaleza. Dirigiu-se à Brasília de Juscelino Kubitschek.
2) Em “Vou à Bahia” e “Vou à Paraíba” há crase, porquanto tais nomes exigem o artigo “a”, e o verbo “ir” requer a preposição “a” (a + a = à).
EM RESUMO:
Crase
(à = a + a)
Se vou A e volto DA, crase há.
Mas se vou A e volto DE (dê), crase pra quê?
Vou à Bahia. Volto da Bahia.
Vou a Fortaleza. Volto de Fortaleza.
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