Professores, estas duas frases me geram dúvida, pois uma diz que não flexiona com preposição que funcione como complemento de substantivo, adjetivo ou do próprio verbo principal e a outra diz que depois da preposição a é recomendável aceitar ambos os casos, mas olhando as duas frases, não consigo perceber diferença entre as duas construções. Poderiam me explicar qual a diferença entre elas?
Não se flexiona o infinitivo com preposição que funcione como complemento de substantivo, adjetivo ou do próprio verbo principal:
O pai convenceu os filhos a voltar cedo. (vejo dois sujeitos: o pai e os filhos)
Quando o infinitivo estiver depois da preposição “a”, é o caso mais polêmico, pois há gramáticos que admitem a flexão do infinitivo e há gramáticos que não a admitem. O mais recomendável é aceitar ambos os casos, ou seja, quando o infinitivo estiver depois da preposição “a”, usa-se tanto o infinitivo flexionado quanto o não flexionado:
O rapaz ajudava as garotas a superar / a superarem suas dificuldades em Matemática. (vejo dois sujeitos: o rapaz e as garotas).
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Pedro, exatamente. No caso de opção, escolha a que soa melhor e não dá margem a ambiguidade. Nesses casos, eu não o flexionaria, pois a flexão é desnecessária:
O pai convenceu os filhos a voltar cedo. - se o pai convenceu alguém a fazer algo, só pode ser "os filhos" "a voltar"; X convencer Y a fazer Z
O rapaz ajudava as garotas a superar suas dificuldades em Matemática. - idem; o infinitivo só pode se referir a "garotas" X ajudar Y a fazer Z
Mas:
"
Quando os sujeitos da oração principal e do infinitivo são diferentes. Nesse caso, não há escolha, o infinitivo vai concordar (flexionar) com o seu sujeito.
Exceção: com os verbos ver, ouvir, sentir, mandar, fazer, a flexão do infinitivo é facultativa mesmo com sujeitos diferentes. Em geral, não se flexiona.
Esta é a última sessão de debates antes de os senadores votarem a proposta (sujeitos diferentes)." - Em: https://www12.senado.leg.br/manualdecomunicacao/estilos/infinitivo-flexionado#:~:text=Quando%20os%20sujeitos%20da%20ora%C3%A7%C3%A3o,facultativa%20mesmo%20com%20sujeitos%20diferentes..
Espero tê-lo ajudado.
At.te, tutor Miguel Augusto Ribeiro.
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Na primeira frase, a explicação é sobre a regra geral da língua portuguesa, que indica que o infinitivo não deve ser flexionado quando é complemento de substantivo, adjetivo ou do próprio verbo principal. Por exemplo: "Gosto de dançar", "É difícil estudar para o vestibular", "Ele pediu para sair".
Já na segunda frase, a questão é mais específica, pois trata da preposição "a". Alguns gramáticos defendem que, quando o infinitivo está depois dessa preposição, ele deve ser flexionado de acordo com o sujeito da oração. Outros afirmam que o infinitivo não deve ser flexionado nessa situação. Portanto, recomenda-se aceitar ambos os casos como corretos. No exemplo citado, "a superar" seria o infinitivo não flexionado, enquanto "a superarem" seria o infinitivo flexionado.
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